sábado, 25 de junho de 2016

7º Capitulo

*Nicole on.

Aquela menina que fiz a prova não me era estranha, eu já devo a ter visto em algum lugar antes, mas não me lembrava onde poderia ser, e os assuntos dela eram super chatos, só falava de livro, estudar, e fiquei aliviada em ver que ela fez a prova sozinha, pelo menos pra isso ela serviu.

-Como foi fazer a prova com a patinha feia nerd?-perguntou Marcos assim que cheguei no refeitório e sentei junto deles
-Ela fez toda a prova sozinha, então não tenho o que reclamar dela-disse dando de ombros
-Já perceberam que ela só vem com aquela blusa? quando não é aquela, é aquele colete jeans que já saiu da moda a séculos-disse Érika fazendo todos da mesa rir
-Coitada gente, ela é bolsista, ela parece não ter condições pra ficar comprando roupa nova-Monica a defendia
-Aff's Monica, você sempre sendo a defensora dos pobres e oprimidos, porque não se prontifica a chamar ela pra fazer trabalhos com você então?-diz Érika
-Porque eu não sou amiga dela, mas tenho pena, vocês sempre ficam falando mal dela sendo que ela nunca fez mal nenhum a vocês
-A gente só zoa-diz Alan-ninguem mandou ela ser garçonete da lanchonete aqui perto, e não saber nem se arrumar-todos riram
-Mas sério, ela nem deve saber o que é moda, ela só fala de livros, estudos, e essas coisas chatas, tipicas de nerd-disse lembrando do papinho chato dela
-Vamos mudar de assunto gente, tava pensando em fazer um churrasco na chácara do meu pai pra comemorar o meu aniversário, o que acham?-disse Monica mudando de assunto
-Demorou, é pra amanhã? ou hoje mesmo?-disse Marcos o festeiro
-Calma, é no meu aniversário daqui umas semanas-disse Monica rindo da pressa dele

E continuamos conversando num papo descontraído até dar o horário de voltar pra maldita sala de aula. 

-Nicole cê ta de brincadeira com a minha cara-disse meu pai sem acreditar que eu havia tirado 10 na prova
-Pai, aqui minha nota-o mostrei novamente rindo por dentro por ele achar que tirei sozinha
-Você mal conseguia um 7 na escola, imagina um 10, Nicole me diz que não sabotou a prova?-meu pai ainda não acreditava
-Nossa pai, se não acredita que tenho capacidade pra isso tudo bem, tambem nunca mais vou me esforçar pra tirar um 10, você não confia em mim mesmo
-Claro que confio filha-disse sorrindo-eu amo você-me puxou pra um abraço-vejo que começou tomar gosto pela coisa, eu tava conversando com a Arleyde, e logo ela aposenta-ele riu-então vou precisar de uma nova assessora, e já que que ta fazendo jornalismo da certinho pra você
-Pai eu ainda não sei o que quero, tem várias áreas de jornalismo, e nunca parei pra pensar em ser sua assessora, mas sei lá que rumo vou tomar na vida, quem sabe até lá eu aceite
-Não sei quem é você, nem o que fez com a minha Nicole irresponsável, mas to amando-ele disse rindo
-Exagerado-revirei os olhos
-Cê me animou tanto que vou até fazer um churrasco aqui em casa hoje, chamar seu avós, a sua tia Bruna e o Breno e os seus priminhos super comportados
-Nem me diga que aquelas pestes vem-revirei os olhos-então vou subir e tomar um banho relaxante na banheira pra depois aturar eles

Sai da sala, e meu pai ficou rindo de mim, eu gosto muito dos meus priminhos, mas eles não param quietos e quando eles me vê não querem largar de mim, tudo é a Nick que tem que fazer, o mal de ser a prima mais velha é esse.

*Kemilly on.

Depois daquele dia, nunca mais havia conversado com Nicole, ou feito algum trabalho com ela, até porque estava agradecendo pelos professores dar a escolha para os alunos de querer fazer os trabalhos sozinhos ou não. Estávamos no fim de maio, e era época de frio e chuva, meu moletom mal tampava o frio, e o único guarda chuva que tinha já estava muito velho e me molhava toda, o que me fazia chegar com os sapatos molhados na sala, e ás vezes até com a roupa, o que fazia todos rir de mim, o que já era tipico.
Naquele dia amanheceu nublado, mas ainda não havia chovido, estava muito frio, e dona Roberta havia me pedido pra ficar em casa aquele dia, pois estava um frio muito forte, e a previsão era de fortes pancadas de chuva, mas como eu não gostava de faltar decidi ir mesmo assim, e quando me dei conta que havia esquecido o meu guarda chuva, já estava perto do ponto do ônibus e não dava para voltar pra pensão para pega-lo se não eu perderia o ônibus. Mesmo assim segui para a faculdade, apenas serenava quando cheguei na faculdade, mas o frio estava quase me congelando. Quando entrei na sala havia pouca gente, nesses dias frios e de tempo de chuva ia quase ninguem, e os que iam estavam cheios de roupas de frio.

-Kemy, você não falta nunca menina, e esse frio todo você só vem com esse moletom?-diz Silvia quando fui pra biblioteca no intervalo
-Como dizem, frio é psicológico-sorri meio forçado, pois na verdade estava morrendo de frio
-Mas cuidado pra não ficar doente com esse tempo, eu passei o fim de semana todo na cama com resfriado, mas hoje já to melhor
-Que bom que melhorou Silvia-sorri pra ela-mas então, eu precisava ver um livro pra aula de linguagem, me ajuda procurar
-Sempre-diz ela sorrindo e já me arrastando pro meio das diversas estantes de livros

Na hora da saída, estava uma chuva de dar medo, ninguem se arriscava sair da faculdade, e as noticias de enchentes, alagamentos, e quedas de postes e árvores assustavam mais ainda todos ali dentro. Quando a chuva deu uma tranquilizada, os alunos começaram sair, mas uns ainda ficaram lá dentro, inclusive eu, que teria de esperar a chuva acalmar mais um pouco, pra ver se tinha chances de pegar o ônibus do outro horário, já que o ônibus que costumava pegar já havia perdido faz tempo. Nada da chuva acalmar, e eu teria que ir naquele ônibus, se não deixaria dona Roberta preocupada, então respirei fundo e me arrisquei a sair em baixo daquela chuva.

*Nicole on.

Hoje São Paulo estava um caos, eu queria ficar dormindo até tarde, estava um frio do caramba, mas meu pai como estava em casa me obrigou levantar cedo e ir pra faculdade, já que eu havia faltado quase duas semanas inteiras por causa do frio e da chuva enquanto ele estava viajando. A aula estava um saco, tédio total, e nenhum de meus amigos estavam ali, o que me fez ficar o tempo todo mexendo no meu celular, e com o fone no ouvido já que não estava atrapalhando ninguem e a aula não era importante. A noticia que teve alagamentos pela cidade só me deixou mais irritada ainda com o meu pai, que não atendia a merda do celular, e nem me ligava pra avisar se tinha chegado pra me buscar, pra mim conseguir falar com ele demorou um século.

*Ligação*

-Oi Nick, o que quer?-diz meu pai com a maior voz de quem havia acabado de acordar
-O QUE EU QUERO? PAI TA UMA CHUVA DO CARALHO, UM FRIO DA PORRA, E VOCÊ ME OBRIGOU A VIR PRA ESSA MERDA HOJE, ENQUANTO O SENHOR FICOU EM CASA DORMINDO E SE ESQUECEU QUE TÔ TE ESPERANDO PRA ME BUSCAR-gritei com ele no celular, estava super irritada
-Desculpa Nick-o ouvi rir baixo-o papai já ta indo te buscar, me espera ai que já tô chegando
-ENTÃO LEVANTA DESSA PORRA DESSA CAMA E...-ele desligou na minha cara

*Ligação*

-Droga, além de me esquecer aqui, desliga na minha cara

A chuva começou tranquilizar e umas pessoas ir embora, mas outros ainda estavam lá dentro, com certeza esperando a chuva abaixar, e eu só pensando nas mil formas de xingar o meu pai. Estava quase abrindo uma cratera no chão de tanto andar pra lá e pra cá até que recebo um wats do meu pai "Nick, vou demorar um pouco, tive que pegar outro caminho pq o que uso está impedido, e a chuva ta muito forte, então to dirigindo devagar, mas já to chegando", respirei fundo, e nem o respondi, pelo visto ia demorar sair daquele inferno. Mais pessoas começaram a ir embora, e eu ficando ali, até que recebo outra mensagem do meu pai "Nick to aqui em frente, vem correndo pq ta chovendo", dei graças a Deus porque o velho chegou, coloquei meu capuz da blusa de frio e corri até o carro do meu pai que estava bem em frente a faculdade, mas mesmo assim me molhei muito.

-Oi filha, como foi...
-Um inferno, e não me pergunta nada, quero minha banheira de espuma, e minha cama quentinha, só isso-disse o interrompendo toda grossa e ele riu-não ri não, pelo menos você não ta fedendo cachorro molhado

Seguimos com o carro, e deu sinal vermelho no semáforo assim que chegamos na esquina, o que me deixou mais estressada ainda já que queria minha casa logo. Como estava irritada com o meu pai, fiquei olhando a chuva pela janela, até que olhei bem debaixo de uma árvore e parecia ver uma menina ali toda molhada, e tremendo de frio, ela usava óculos e tinha uma mochila lilás nas costas, eu parecia a conhecer, quando vi a menina correndo pra mais perto do carro e atravessando a rua.

-Que doido, nessa chuva tem gente na rua-disse meu pai indignado a vendo atravessar
-Pai, acho que conheço ela-disse sem pensar-toca com o carro pro outro lado 

Logo o sinal abriu e assim meu pai fez, e foi dificil alcançar a menina que corria na calçada.

-HEEEEY-gritei abrindo meu vidro a fazendo olhar pra mim-QUER CARONA?-disse sem pensar outra vez, não sei o porque tava fazendo isso

A menina pareceu me encarar e meu pai parou o carro bem proximo a ela.

-ENTRA AQUI MOÇA, TA COMEÇANDO CHOVER FORTE-disse meu pai visivelmente preocupado com a moça
-NÃO QUERO MOLHAR SEU CARRO SENHOR, EU PRECISO IR-disse ela outra vez saindo correndo e eu e meu pai nos entreolhamos

Outra vez meu pai aproximou o carro dela e buzinou abrindo a janela.

-MOÇA POR FAVOR ENTRA AQUI, VOCÊ VAI FICAR DOENTE

Ela pareceu pensar um pouco e quando notei ela já estava lá dentro do carro encharcando tudo o banco traseiro.

-Obrigada-disse com uma voz tremula, e notei que seus lábios estavam roxos e ela tremia de frio
-Moça cê é doida, cê podia morrer ficar debaixo dessa chuva nesse frio-disse meu pai a olhando preocupado-toma veste essa blusa-disse meu pai tirando a jaqueta dele a entregando
-Eu já molhei todo o carro-disse tremendo de frio-não precisa senhor, só me deixa no ponto de ônibus que fica a dois quarteirões daqui-dizia de braços cruzados e tremendo
-Mas coloca moça, pra esquentar um pouco, é bem quente essa jaqueta-meu pai insistia e ela pegou meio receosa jogando por cima de seus ombros

Meu pai tocou com o carro, e vi que ele estava com um semblante estranho, eu tambem estava me sentindo estranha, por essa atitude ter partido de mim, um silêncio se instalou no carro até que meu pai o interrompe.

-Você mora aonde?-perguntou a olhando pelo retrovisor
-Eu não sei explicar-disse parecendo confusa-mas me deixa ali, que pego o ônibus pra ir pra casa-disse apontando um ponto de ônibus vazio que estava mais á frente
-Nada disso, faço questão de te levar na sua casa moça, só me explica onde é, e se eu não souber nois usa o GPS-disse meu pai ligando o GPS do carro
-Não precisa mesmo moço-disse tirando a jaqueta do meu pai do corpo-para ai que ta bom-disse quando passamos em frente o tal ponto de ônibus
-Não tem ninguem ai, e você vai molhar demais se ficar ali debaixo-disse meu pai todo preocupado-me fala seu endereço, to aqui pra te levar onde quiser
-É que eu não sei explicar moço-ela disse confusa-eu só sei ir e voltar de ônibus, mas acho que tenho o endereço anotado aqui-disse tirando a bolsa molhada das costas e a abrindo-não acredito-disse num tom de desespero
-O que?-eu e meu pai perguntamos curiosos olhando pra trás
-Meu caderno ta todo molhado, não da pra ler nada aqui-disse visivelmente triste
-Vixi, mas então liga pros seus pais e avisa o que aconteceu, e pede pra eles te passarem o endereço-disse me sentindo uma genia
-É mesmo, pega seu celular e liga pra sua familia que eles passam o endereço e te deixo lá-disse meu pai concordando comigo e a vi abaixar a cabeça triste
-Pode me deixar aqui moço, eu sei como chegar lá-ela disse evitando nos olhar e senti que ai tinha coisa
-Seu celular tambem molhou com a chuva? te empresto o meu-a disse com dor no coração imaginado o quanto isso seria terrível se acontecesse comigo
-Eu não tenho celular, e nem sei como mexer nisso moça-disse totalmente constrangida
-Agora complicou-disse meu pai respirando fundo
-Olha não se preocupem comigo, desde pequena eu aprendi a me virar, já tomei tanto banho de chuva na vida, mas obrigada por tentarem me ajudar, e desculpas por molhar o carro de vocês-ela dizia constrangida e olhando pra baixo
-Tudo bem moça-disse meu pai-então vou seguir pra minha casa, e você fica por lá hoje, porque te deixar sozinha aqui eu não deixo
-Não precisa, eu...
-Nada disso, faço questão, e coloca minha jaqueta de novo porque você ta tremendo de frio

Ela assentiu com a cabeça e meu pai seguiu pra casa, e como eu ainda estava irritada com ele fui o caminho todo olhando a chuva pela janela, ele vez ou outra lançava um olhar preocupado para a moça, e ela parecia meio perdida ali conosco.

*Kemilly on*

Eu estava numa situação difícil, estava toda molhada, morrendo de frio, e dentro de um carro luxuoso de umas pessoas que nem conheço, se tivesse só aquele cara eu jamais aceitaria entrar ali, mas como vi que tinha uma moça então entrei, e já estava arrependida por ter feito isso, pois eu estava seguindo para um lugar desconhecido, com gente desconhecida, e provavelmente teria de faltar em meu emprego hoje, porque vi que esse homem era insistente e preocupado demais comigo, mesmo sem me conhecer. Eu nunca tinha ido pra aquela parte de São Paulo, parecia ser a região dos mais ricos, fiquei sem entender quando o carro parou em frente um grande portão cheio de grades e seguranças, e o homem parecia colocar a impressão digital em um aparelho para nos liberar a entrada, ali com certeza era algum condomínio de luxo, e a cada casa que passávamos perto eu estava desacreditada que tinha ido parar ali. Depois de muito andar, chegamos em frente a uma casa num tom meio amarelo, e o homem entrou com o carro em uma garagem, onde eu via as gotas de chuva pararem de cair pois estava cobrindo o carro.

-Chegamos-disse o homem finalmente estacionando o carro e a moça que estava com ele no banco da frente descer mais que depressa
-Até que enfim-ela dizia reclamando
-Pode descer, aqui é minha casa-disse o homem que tambem já havia descido e abria a porta do carro para mim que com certeza estava com uma cara de estatua
-Desculpa molhar o seu carro-disse após descer toda constrangida, e ver aonde sentei encharcado de água-e obrigada pela jaqueta-o entreguei meio envergonhada por estar tudo molhada a jaqueta dele, e ele riu
-Relaxa, agora vamos entrar porque eu preciso saber pelo menos quem você é, você sabe pelo menos o seu nome?-disse em tom de zoeira com a minha cara
-Kemilly-o estendi a minha mão-prazer em o conhecer-disse tímida sentindo toque quente de sua mão
-Luan-me disse rindo-o prazer é todo meu
-A PORTA TA TRANCADA, E EU ESTOU MOLHADA-a tal moça gritava em frente a uma enorme porta marrom e ele riu
-Já vou destrancar irritadinha-disse destrancando a porta e a abraçando por trás-fala direito comigo na frente das visitas-a deu um beijo na testa e ela entrou pra dentro o ignorando e eu ri baixinho da cena-e cê vai ficar ai fora?-ele me questionou já de dentro de casa
-Eu já molhei o seu carro, seria estrago demais molhar a sua casa-disse totalmente constrangida
-Deixa de frescura muié, depois a Cidoca limpa-disse rindo-vem comigo, porque cê precisa de um banho quente isso sim

Entrei meio sem graça dentro da casa, e que casa enorme, fiquei boquiaberta com a beleza dos móveis, da decoração, e me senti um nada ali dentro, pois nunca imaginei entrar dentro de uma casa assim tão luxuosa. Fui seguindo o homem, e a cada passo que eu dava olhava tudo ao redor, até o ar ali dentro era diferente, e quando vi que ele subia as escadas e me chamava fiquei com medo até de tocar no corrimão, pois já tinha deixado um belo rastro de molhado por aquela casa enorme e linda.

-Entra aqui e fica a vontade, vou falar pra Nick separa alguma coisa pra você, o banheiro é logo ali-disse o homem me colocando dentro de um quarto que era a primeira porta depois das escadas e apontando para outra porta ali dentro do quarto, assenti meio desnorteada e ele saiu fechando a porta

Eu ainda não tinha caído a ficha que tava dentro de uma casa de gente rica, e após observar todo o local segui para o tal banheiro, onde vi mais luxo ainda, nunca tinha visto uma banheira sem ser em novelas, e como não saberia usar, decidi usar o chuveiro mesmo, e me senti tomando um banho de luxo pela primeira vez na vida.

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Olá amores, bom a partir de agora começa a desenvolver a fanfic como eu planejava kkkkkkkkkkk, quem ta acompanhando comenta ai e diz o que está achando, bjoooooooos










4 comentários:

  1. Finalmente ela teve contato com o Luan. Ja tava ficando agoniada, cara!!!

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  2. Nossa eu preciso de mais capítulo,por favor? Obrigado. Meus Deus to ficando louca quero ver oque vai acontecer daqui pra frente, to amando de mais.

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  3. Nossa tah lindo esse capítulo louca para saber mais amandoooo

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