quinta-feira, 30 de junho de 2016

10º Capitulo

Eu senti muita pena de Kemilly, que mal olhou em minha cara e entrou no toalhete, eu não sabia o que fazer, então apenas a segui, e a vi chorar enquanto lavava o rosto.

-Kemilly, eu...-não sabia o que a dizer a vendo chorar
-Não precisa fingir que tem pena de mim-disse lavando a lente de seu óculos
-Eu não estou fingindo que tenho pena, eu só...
-Te agradeço muito por ter me ajudado aquele dia, longe dos seus amigos-disse pegando um papel de enxugar a mão a enxugando a lente de seus óculos-mas pode voltar lá com eles, pra comer e beber de graça, hoje vocês tem o direito de pedir o que quiserem e vão pagar nada
-Só não volta lá naquela mesa para os servir, eu já vou indo embora-disse totalmente mal com a situação
-De qualquer jeito eu não vou lá mesmo, eu fui demitida-disse colocando seu óculos em seu rosto ainda inchado de tanto chorar
-Calma, eu posso tentar conversar com sua patroa e...
-Nicole-ela me olhou nos olhos-você sabe muito bem que eles armaram pra cima de mim, e fui demitida injustamente por causa deles, se quiser realmente me ajudar me esquece, e faz que nem seus amigos, ignora minha existência-disse saindo da minha frente e me deixando sem saber o que fazer

Eu sabia que Kemy era inocente, ela foi a vitima disso tudo e ainda saiu prejudicada, eu já havia a humilhado tantas vezes junto com eles, e percebi que isso não era a coisa certa a se fazer, afinal ela nunca fez nada pra mim nem pra eles, e nunca abria a boca para reclamar das ofensas que sofria. Fiquei um pouco refletindo sobre esses últimos acontecimentos, e mesmo que eu perdesse meus amigos, eu teria feito a coisa certa.

-Boa noite, será que poderia conversar com a senhora?-disse entrando sem pedir na sala em que parecia ser da dona do local
-Claro, fique á vontade, se for mais alguma reclamação sobre a funcionária eu já a demiti, fica tranquila e...
-É realmente sobre ela que quero falar-disse a interrompendo-mas eu apenas vim dizer que aconteceu um mal entendido, e a culpa não foi dela
-Como assim?-a mulher me perguntou sem entender
-A sua funcionaria estava nos atendendo super bem, e eu...-pensei sobre como a dizer-eu coloquei aquelas baratas no prato-disse abaixando a cabeça, e tomando uma culpa que não era minha
-O que? mas porque fez isso?-a mulher me questionou espantada
-É que somos todos da mesma sala que ela, e eu inventei tudo isso, não a demite por favor, e olha não precisa dizer nada a ninguem da mesa, aqui está-disse tirando uma boa quantia de dinheiro da minha carteira-pra pagar tudo o que consumimos hoje
-Eu não sei o que pensar moça, eu não posso voltar atrás e a contratar, mas preciso pelo menos a pedir desculpas-disse a mulher tambem visivelmente mal com a situação
-Ela deve vir receber o acerto, então você a da em dobro, só lhe peço isso
-Eu a tinha dito que não pagaria o acerto, mas vou ver se ela ainda não foi embora e me desculpo com ela-disse a mulher se levantando-quer ficar aqui, ou prefere que eu não a diga nada?
-Estou envergonhada do que fiz, e quero pelo menos que ela saia sem nenhum constrangimento-disse me levantando-obrigada por me compreender e desculpas por minha infantilidade
-Pelo menos você foi sincera, e pode ficar tranquila que irei me desculpar com ela-disse a mulher sorrindo e retribui

Saí daquela sala me sentindo mais aliviada, e voltei até a mesa para pegar minha bolsa.

-Gente não tô me sentindo muito bem, preciso ir pra casa-disse os avisando
-Ta cedo Nick-disse Rebeca
-A noite ta só começando gata-disse Marcos rindo meio alterado
-É que to com uma dor de cabeça, e um pouco enjoada-disse fazendo cara de dor
-Enjoada é?-disse Érika rindo-ta gravida amiga?
-Não é gravidez não, é apenas enjoada de certas coisas que ando lidando ultimamente, preciso ir galera

Finalmente saí daquele lugar e respirei aliviada em meu carro, fiquei ali pensando e refletindo no que tinha feito hoje, e não estava arrependida, eu não sei o que estava acontecendo comigo, eu apenas me sentia bem por ter feito o certo, mas não estava ainda totalmente aliviada pelas vezes que humilhei a pobre Kemilly. Ainda distraída com meus pensamentos, a vejo sair da lanchonete de cabeça baixa e braços cruzados, parecia com um pouco de frio, não pensei duas vezes e desci do carro o mais depressa possível e fui correndo até ela.

-Kemilly?-a chamei a fazendo parar e me olhar
-O que quer Nicole?-perguntou ainda com uma cara de choro
-Queria me desculpar com você, e...
-Tudo bem Nicole, não precisa se desculpar, mas se era só isso eu preciso ir
-Eu...-não sabia mais o que a dizer-tudo bem, pode ir

Ela assentiu e saiu andando, voltei para o meu carro e como não tinha mais nada para fazer ali, segui para casa.

*Kemilly on.

Uns meses depois, e já estava de férias da faculdade, depois da humilhação que me fizeram passar na lanchonete que trabalhava, e a falsidade de Nicole fingindo se preocupar, evitei até olhar para eles do fundo que só riam da minha cara, e com certeza sabiam da minha demissão. Eu havia notado que Nicole ás vezes tentava se aproximar de mim ou falar comigo, mas sempre quando estava longe de seus amigos, e eu preferia evitar, até porque se seus amigos a vissem falando comigo, não cairia nada bem pra ela, que com certeza daria um jeito de me humilhar como da ultima vez. 

-Kemy, aonde vai tão cedo?-dona Roberta me questionava
-Preciso arrumar outro emprego dona Roberta, já te devo dois meses, e não quero que sua irmã fique pagando as despesas da minha família lá em Paraíso, nem os medicamentos do meu pai, eu vou aproveitar minhas férias e passar o dia procurando um emprego, não se preocupe comigo
-Tudo bem Kemy, você sabe que pode me pagar quando der, eu entendo sua situação, mas tome cuidado, pois São Paulo é muito perigoso
-Eu sei dona Roberta, mas preciso ir
-Vai com Deus, e vou estar torcendo pra uma porta de emprego se abrir pra você
-Obrigada, fica com Deus tambem, creio que logo irei encontrar algum

Firme e confiante, saí da pensão, e peguei o ônibus rumo ao centro da cidade, havia perguntado a algumas pessoas da pensão como iria andar ali, e eles me deram algumas referências, com tudo anotado em meu caderninho, e uma pasta cheia de currículos segui para um dia cansativo atrás de um emprego. Entreguei meu currículo em vários estabelecimentos, alguns apenas colocavam em cima de uma pia enorme junto de outros currículos, e outros me davam esperanças que se precisassem entrariam em contato comigo. Eu já estava cansada, não fazia noção das horas nem nada, estava com muita fome, então me sentei em um banco de uma pracinha, e fui contar o tanto de dinheiro que tinha, certamente aquilo não daria para comprar nada, talvez nem uma garrafa de água, pois era basicamente o dinheiro certo para eu pegar o ônibus e voltar para a pensão. Minha cabeça doía muito, minha garganta estava seca e estava um sol muito quente, então fiquei uns minutos descansando ali naquele banco e vendo o movimento de pessoas que passavam por ali. Ainda cansada, e meio tonta devido a fome, mas eu não podia ficar ali parada, então segui para o outro caminho que ainda não tinha ido entregar meus currículos. Minhas vistas não eram lá a melhor coisa, e com esse sol forte, e essa dor de cabeça só piorava tudo, estava vendo meio embaçado, e precisava atravessar a rua, não percebi que vinha vindo um carro, e só escutei a freada brusca, e senti a lata quente do carro encostar em minha perna.

-Moça tudo bem? se machucou?-uma mulher que nem vi direito como era desceu correndo do carro e veio até mim
-Tudo bem sim-disse sentindo só um pouco de dor devido a batida em minha perna
-Tem certeza? me desculpa mesmo, eu estava distraída com o celular, nem vi você atravessar
-Tudo bem, eu que fui atravessar na hora errada

Os outros carros que estavam atrás começaram a buzinar, e xingar.

-Nossa, agora empaquei o transito, vem comigo mocinha, preciso te levar para o hospital
-Não precisa, eu...
-Nada disso, vem comigo

A mulher era insistente, então acabei entrando no carro dela, e ela realmente me levou a um hospital, onde fizeram alguns exames, e constataram que minha pressão estava baixa, e o médico que me atendeu disse que eu estava com anemia, devido a palidez, e o amarelo em volta de meus olhos, além de me fazer perguntas se eu estava sentindo fraqueza, tontura, cansaço, e eu respondia que sim. Era pra mim ter ido só olhar a perna que bati, e acabei fazendo exames de anemia, a mulher que me levou ali ficou o tempo todo no celular, e eu ainda meio tonta mal entendia o que ela falava por falar muito rápido.

-Olha muito obrigada por ter me trazido aqui, mas eu não tenho condições de pagar esses exames-disse a mulher assim que o médico saiu da sala e ela me olhou
-Eu que te atropelei, nada mais justo que eu pague sua consulta e seus exames, pode ficar tranquila moça, que eu ainda não sei o nome-disse rindo
-Kemilly-disse a estendendo a mão
-Paola-disse pegando em minha mão e me olhando-posso te pedir uma coisa?-dizia ainda vidrada em mim
-O que?-perguntei assustada com o jeito que ela me olhava
-Tira esse óculos, só pra mim ver uma coisa
-Mas pra que?
-Só tira

Ainda sem entender, tirei meus óculos e era horrível ficar sem eles, enxergava tudo embaçado, então fui o colocar de volta e ela não deixou.

-Espera, e deixa eu fazer uma coisa-disse soltando meu cabelo do meu coque e jogando meus cabelos de um jeito que não entendi
-O que está fazendo?-perguntei sem entender
-Calma-disse num tom de felicidade-ta linda, ta perfeita-disse parecendo que olhando para meu rosto, pois via mais ou menos a mulher na minha frente
-Olha, não sei o que está fazendo, mas eu não sou bonita, eu...
-Você não é bonita, você é linda, menina porque não te achei antes-dizia toda feliz
-Não to entendendo-disse já constrangida com tantos elogios
-É que...
-Bom os resultados de seus exames saem amanhã-disse o médico entrando na sala e a interrompendo
-Ok Dr. amanhã a trago aqui para ver os resultados, e tenha boa tarde-disse Paola, e me fazendo levantar dali

Saímos do hospital, e eu ainda não estava entendendo nada, a mulher outra vez ficou pendurada no celular, e eu ali presa naquele carro sem nenhuma explicação, até que finalmente ela olha outra vez pra mim e desliga o celular.

-Então, Kemilly né?-eu assenti-vejo que você parece ser uma menina humilde, e não entende muito de moda, nem de se vestir bem-diz olhando pra mim e minhas roupas
-Eu sei disso, não precisa...
-Mas você tem uma beleza natural que é inexplicável-diz me interrompendo-seus olhos são naturalmente verdes, e seu cabelo é naturalmente loiro?
-Sim, eu nunca...
-Perfeito-disse batendo palminhas e ligando o carro-to atrasadíssima pra uma reunião, então vamos conversando durante o caminho
-Olha, obrigada pela ajuda, mesmo sem precisar, mas eu tenho que voltar lá no centro da cidade e...
-Depois você faz o que tem que fazer, e te deixo onde quiser, mas me responde uma pergunta, já pensou em ser modelo?-me perguntava enquanto dirigia
-Eu? modelo?-tive que rir-não sirvo pra essas coisas, nunca fui uma menina de me iludir com isso
-Mesmo se surgisse uma oportunidade de você ser modelo? alguma agência a contratar, ou...
-Olha senhorita Paola, você está sendo muito gentil comigo, mas eu não sirvo pra isso, eu não quero, não é esse meu objetivo na vida
-Kemilly, tudo bem que você acha que não leva jeito, mas é porque você nunca tentou, eu assim que bati o olho em você notei que tinha algo a mais, e quando você tirou o óculos e soltou o cabelo, vi que você tem futuro, e só ia precisar de uma consultória de como se arrumar, se vestir, pois sua beleza já é natural
-Prefiro não me iludir com isso, eu não nasci pra isso, eu sou feliz do jeito que eu sou
-Sinceramente, se eu tivesse uma agência eu daria uma chance pra você-disse me olhando-não quer nem tentar?
-Melhor não, eu...
-Nem se eu dissesse que sou agente de modelos, e estou a procura de uma para a nova campanha da agência que trabalho?
-Eu não sei-disse parando para pensar um pouco, eu estava atrás de um emprego, e mesmo sem entender nada dessas coisas de moda, ou de modelo, foi isso que me apareceu, o que custava tentar?
-Estou seguindo agora para a agência e se quiser, a chance está batendo na sua porta

Respirei fundo, e me lembrei que precisava pagar os meses de aluguel atrasado a dona Roberta, precisava mandar dinheiro para minha família, precisava ganhar alguma coisa para me manter em São Paulo.

-Mas se eu fizer esse teste e passar, eu vou ganhar alguma coisa?
-É lógico, além de fazer contrato de um ano com a revista, vai ganhar um ótimo salário, fora os cachês se alguma revista a quiser emprestada, e suas roupas, sapatos, assessórios, tudo vai ser por conta da agência
-Então eu vou ganhar bem?
-Se você souber controlar o que ganhar, vai se tornar muito bem de vida, então aceita fazer o teste?
-Sim-disse sem pensar muito, e tomara que eu não me arrependa por ter entrado na onda dessa tal Paola

Ela estacionou o carro em uma garagem enorme, e quando vi a faixada da tal agência fiquei boquiaberta, era muito linda, e já estava arrependida por ter aceitado, com certeza iriam rir de mim, uma moça pobre, que não entende nada de moda indo fazer um teste ali. Eu não estava confiante, e quando entramos ali e eu via as pessoas vestidas super bem, as mulheres de salto e alguns poucos homens de ternos e todos em trajes finos.

-Boa tarde Ramon-disse Paola me arrastando para uma sala e estava um homem sentado na frente de um computador
-Boa tarde Paola-a olhou, e me olhou-essa daí é a...
-Sim, é a moça que te falei que eu quase atropelei-disse rindo
-Boa tarde, qual seu nome-disse ele se levantando e vindo até mim
-Kemilly-disse um pouco constrangida devido ele começar me olhar de cima pra baixo e dar voltas por mim
-Sou o Ramon-disse por fim me olhando
-Ramon, eu a encontrei assim, mas agora veja no que podemos a lapidar-disse outra vez desprendendo meu cabelo-tire seu óculos querida Kemilly-mesmo receosa o tirei-viu só?
-Uaaal-ouvi o tal Ramon exclamar-na hora que ela entrou, eu já ia te bater achando que estava de graça com minha cara, mas vejo que realmente você sabe escolher bem
-Linda né? e os olhos, o cabelo é tudo natural, exatamente o que procuramos, uma beleza natural
-Sim Paola, me deixe aqui com a moça, e vai lá na reunião, porque a Cristina já deve ta soltando fogo porque a agente que escolhe as modelos dela ainda não chegou
-Eu sempre me viro com a patroa-disse rindo-mas agora vou lá, e fique aqui com nossa futura modelo

Coloquei outra vez meu óculos e vi Paola saindo da sala, e Ramon me encarando.

-Ela é meio louca né?-ele disse rindo
-Acho que sim-disse tambem rindo
-Mas vamos falar de você-disse vindo até mim e mexendo em meu cabelo-esse cabelão loiro é o sonho de muitas mulheres sabia? e você tem um tão lindo naturalmente, sem contar esses olhos verdes tão vibrantes
-Obrigada-disse sem jeito, nunca tinha recebido tantos elogios de pessoas desconhecidas em um único dia
-Agora a Paola está em uma reunião com a poderosa chefona, e mais algumas pessoas super importantes, e com certeza ela vai falar de você lá, então sente nessa cadeira-disse puxando uma cadeira pra mim, e sem jeito me sentei-vou dar um pequeno trato em você

Eu não sabia o que ele iria fazer, mas deixei, ele começou tirando o excesso de minhas sobrancelhas, e penteou o meu cabelo, o deixando de um jeito lindo que nunca vi, eu tava estranhando tudo isso, mas estava gostando de ser tratada assim, ainda mais por Ramon que era bom de papo e super gentil.

-Não posso lhe maquiar, nem fazer mais nada, queria muito, minha mão ta coçando pra arrumar mais você, mas não posso
-Tudo bem, mesmo assim obrigada-disse sorrindo amarelo, meio ainda sem entender o que acontecia comigo

Fiquei mais um pouco conversando com Ramon, e ele era muito hilário, me contava os podres das modelos que eu nem conhecia, e dizia que muitas modelos famosas já passaram pelas mãos dele. O celular dele apitou, devia ser alguma mensagem, e então ele se levantou, e me fez levantar.

-A reunião acabou, e a poderosa chefona, quer dizer a Cristina dona da agência está vindo ver você, então sorria, e tenha postura-dizia arrumando minha posição e dando mais uma ajeitada em meu cabelo

A porta se abriu, e estremeci, meu coração gelou, e eu pedia a Deus para que se fosse dar certo, que Ele me abençoasse.

-Então Cris, essa é a Kemilly, a moça que lhe falei que é a cara da nossa nova campanha-disse Paola toda sorridente acompanhada da mulher que me encarava com uma cara nada boa
-Essa ai?-disse apontando pra mim e me olhando de cima a baixo-já vi melhores Paola, eu pedi pra você me trazer uma modelo profissional, não uma pobretona, olha essa roupa, esse cabelo que parece que não é lavado a dias, além de ter a unha mal feita, a pele toda oleosa, prefiro não comentar o resto-disse me olhando com desdém-vou voltar pra minha sala, e trate de desinfectar essa criatura da minha agência-disse saindo dali, e eu respirei fundo para não chorar, acho que nessa vida eu só vim para ser humilhada, e os outros rirem na minha cara

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Olá amores, aos poucos vai entrando mais gente na história, talvez o romance que vocês tanto imaginam que vai acontecer irá demorar um pouco kkkkkkk, fico feliz em ver que tem gente gostando, então comentem ai quem ta acompanhando, bjooooooos <3







5 comentários:

  1. Posta logo o próximo
    A kemilly não merece ser maltratada desse jeito

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  2. Nao demora a postar o proximo pelamor de Deusss! Ta na hr da Kemy da uma reviravolta nessa vida dela já

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  3. Gente do céu até eu levei um susto com a fala mulher 😰 Continua !

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  4. Continuar está perfeita a sua história Parabéns. Mariana

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