Acordei desnorteada, sentia um pouco de dor de cabeça, e meus olhos ardiam devido a luz forte em meu rosto, abri os olhos com uma certa dificuldade, e quando olhei para os lados ainda estava naquele maldito quarto de hospital, respirei fundo, e notei que Luan não estava ali.
-Luan?-o chamei-meu bem? você esta aqui?-chamei por meu marido e não obtive nenhuma resposta
Estava sozinha no quarto, então me lembrei que o meu filho estava tão perto de mim, que ele precisava de mim, e o mais depressa possível me levantei da cama, antes que Luan ou alguem aparecesse para estragar tudo, e fui decidida a ir no berçário pegar o meu filho. Por sorte estava tudo tranquilo e sem nenhum movimento no corredor que separava os quartos do berçário, logo avistei a porta que me separava do meu bebê, e fui entrando de uma vez. Meu coração pulsava forte, e aos poucos fui me aproximando da encubadora onde ele estava, porém uma enfermeira apareceu ali me assustando e entrando em minha frente.
-Por favor, me deixa ver o meu filho-a pedi já deixando lágrimas cair e olhando para o meu pequeno tão indefeso naquela encubadora
Olhava para o meu filho apenas querendo ficar perto dele, e a enfermeira me deu passagem sem dizer nada, então corri para perto do meu pequeno, e antes que eu o contemplasse de pertinho pela primeira vez, ela outra vez entrou em minha frente e tirou o meu filho da encubadora, não entendi essa atitude dela, e meu coração se encheu de esperança pensando que ela iria o entregar a mim, mas quando ela se virou e abaixou a mascará, meu coração gelou.
-O que você esta fazendo aqui, me da o meu filho-tentei o tirar dos braços dela e ela ria o segurando
-Achou mesmo que eu não iria me vingar de você, irmãzinha?
-Sua louca, não faz nada com ele, por favor, faz o que quiser comigo, mas deixa o meu filho em paz-lágrimas de desespero já rolavam e eu não sabia o que fazer diante daquela situação, meu bebê tão pequeno e frágil nos braços daquela mulher, e eu tinha tanto medo de tentar pegar ele, e o machucar
-Se acalme irmãzinha, ele vai ser bem cuidado-disse o balançando-só que não-disse rindo cheia de maldade e eu me acabava de chorar
-Cristina, por favor não faz nada com ele, me mata, acaba comigo, mas não faz nada com o meu filho
-E tem jeito melhor de acabar com você, do que usando o seu filhinho?-ela ria-eu sei o quanto você e o cantorzinho tentaram ter esse nojentinho-o olhou com nojo e meu filho começou a chorar
-Cristina, para com isso, me da ele-a pedi estendendo os meus braços-ele precisa de mim, por favor, você não é tão ruim assim, você é mãe, se você algum dia teve algum sentimento por suas filhas...
-Eu nunca tive-me interrompeu-então pra mim tanto faz, se você esta sofrendo por esse serzinho inútil ou não, na verdade eu estou amando te ver sofrer-riu maquiavélica-e como sou boazinha, estou te deixando o olhar pela ultima vez
-Não faz nada com ele, por favor...-eu já não tinha nem pernas, não sabia o que fazer, o que dizer, só olhava para o meu filho e não conseguia me mover para o pegar
-Tarde demais irmãzinha, hora de dizer adeus a seu filhinho-disse rindo e o levando para longe de mim
-Cristina, por favor não leva ele, Cristina... NAAAAAAAAAO
Comecei a gritar, vendo ela levar o meu filho e foi a pior dor que senti na vida, pois eu estava imóvel, não conseguia correr atrás dela, nem me mover, minhas pernas travaram, meu coração parecia ter sido arrancado de mim e o pior foi ver uma poça de sangue se formar no chão em que eu pisava, e essa poça só crescia... ao longe ouvi a voz de Luan me chamar, e eu queria o encontrar, para o contar tudo que aconteceu, eu estava em choque, em pânico e nem meu marido eu conseguia encontrar para me ajudar, mas eu o ouvia me chamar...
-Kemy, Kemy, acorda, Kemilly-abri os olhos e vi Luan com a maior cara de desespero me olhando-Kemilly, o que...
-Luan-o puxei pra mim e o abracei com todas as minhas forças, deixei lágrimas rolar, e chorava sentindo o meu coração sangrar-o Bento, cadê o Bento, o nosso filho Luan, salva ele, por favor-o implorava em meio ao choro
-Calma meu amor, eu estou aqui, o Bento esta bem, foi só um pesadelo-ele me abraçava apertado e eu só sabia chorar
-Não foi não, foi tudo tão real-o olhei em meio ao choro-Luan, preciso proteger o meu filho-disse decidida a me levantar da cama, mas ele não deixou
-Kemy, se acalma, por favor, você esta muito assustada, agitada, estava aos gritos enquanto dormia, acordei assustado te ouvindo gritar-alisou o meu rosto-mas agora esta tudo bem, foi só um sonho ruim, eu estou aqui para te proteger e proteger o nosso filho
-Então esta fazendo o que aqui parado?-disse em meio ao choro-o Bento corre perigo, Luan, por favor, não deixa nada acontecer com ele
-Nada vai acontecer com o Bento, eu te prometo-disse olhando em meus olhos-agora se acalma Kemilly-alisava o meu rosto-você esta muito assustada
-Eu estou com medo de algo acontecer com o meu bebê-continuava chorando
-Mas não vai acontecer nada meu amor-enxugava as minhas lágrimas carinhoso-vou te dar um pouco de água-foi até o frigobar do quarto e pegou uma garrafinha de água pra mim
-Eu não quero água Luan, eu preciso ver o Bento, proteger ele, meu filho precisa de mim...
-Você esta cada vez pior-ele suspirou-toma essa água-me entregou a garrafinha já aberta-fica aqui quietinha, que eu vou ver o Bento, tudo bem?
-Não, eu vou com você-disse indo me levantar da cama e ele não deixou
-Kemy, por favor, colabora só um pouquinho, você não pode ficar se esforçando, nem saindo da cama quando bem entender, então se você me prometer que vai ficar aqui bem quietinha, eu vou ver o nosso filho, e confirmar que esta tudo bem com ele
-Mas eu quero ter certeza Luan, ele precisa de mim perto dele, só eu que...
-Você nunca me escuta e não vai colaborar-ele respirou fundo-então tudo bem, você vem comigo, mas já esta amanhecendo, então vamos ter que ir rápido
-Tudo bem-assenti tentando descer e ele não deixou
-Você vai vir comigo-disse todo cuidadoso me pegando no colo
-Não sou criança para ser carregada no colo
-Mas é mais teimosa que uma-suspirou me levando-abre a porta pelo menos
Abri a porta, e Luan me levou até o vidro do berçário, fazendo o meu coração se acalmar vendo o meu filho todo quietinho ali dentro.
-Meu Bento-deixei lágrimas cair o olhando pelo vidro
-Viu só, ele esta bem, isso te deixa mais tranquila?
-Um pouco, só vou ficar tranquila quando ele estiver comigo, porque eu vou poder o proteger de todo mal
-Mas aqui ele esta bem protegido, sendo bem cuidado, olha que coisinha mais linda-disse Luan todo bobo o olhando
-Meu filho é a coisa mais linda e perfeita desse mundo-deixei lágrimas rolar o olhando
-É sim-Luan sorriu-nosso garotão é lindo
-Queria poder pegar ele logo-suspirei deixando lágrimas cair
-Logo você vai poder pegar ele amor, mas agora vamos voltar para o quarto, porque meus braços já estão doendo
-Porque você quer-o olhei-exagero seu me trazer até aqui, desse jeito
-Não é exagero, é cuidado
-Pra mim é exagero, porque eu poderia muito bem vir andando sozinha e...
-Mas não pode, então vamos voltar
-Mas...-tentei argumentar e Luan logo saiu dali
Voltamos para o quarto e Luan respirava pesado devido estar cansado por ter ficado comigo no colo, e eu estava toda chorosa porque queria ter ficado vendo o nosso filho por mais tempo, e dentro de mim aquele sentimento ruim, aquele medo ainda estava presente, só pedia a Deus que essa mulher estivesse bem longe daqui, e do meu filho. Logo o dia nasceu, e eu e Luan não conseguimos voltar a dormir, eu por falta de sono e medo daquele pesadelo, e ele não dormiu para ficar me vigiando, mas foi bom ter ele perto de mim me dando carinho, estamos discutindo por bobeira esses dias, e tendo poucos momentos de paz como esse, então foi bom para nós.
-Bom dia, que bom ver a mais nova mamãe acordada-disse doutora Denise entrando no quarto, e com ela veio uma enfermeira trazendo o meu café da manhã
-De bom não tem nada esse dia-disse suspirando
-Porque não Kemy?-ela perguntou
-Ela surtou ontem, e teve um pesadelo agora de manhã-disse Luan
-É eu soube que ela saiu da cama e foi no berçário-disse me olhando séria-mas não sabia do pesadelo
-São coisas que não quero falar-disse pegando o copo de suco e o tomando
-Mas se quiser conversar, eu sou toda ouvidos-disse minha médica
-Vai ficar aqui com ela agora?-Luan a perguntou
-Vou sim-ela o assentiu
-Então fica com a Kemy, que vou tomar um café, já volto-disse Luan saindo do quarto
-Bem melhor assim-disse doutora Denise se sentando na cadeira ao lado da minha cama-assim podemos conversar melhor, e você me conta o que você vem sentindo e pensando Kemy, pois eu sei que não está sendo fácil para você essa fase, após o parto ter que ficar de repouso, longe do seu filho, então estou aqui para te ouvir
-Se você sabe que não esta sendo fácil pra mim, porque permiti que o meu filho fique longe de mim?-a encarei-doutora, desde o momento do parto, eu só quero uma coisa, o meu filho
-Eu sei Kemy, por isso vim aqui pra gente conversar, você esta se mostrando alguem muito preocupada, ansiosa, e até mesmo agressiva, isso não é natural, não é normal, e não te faz bem, você passou por uma gravidez de risco, teve um acidente, teve vários problemas antes de engravidar, e o bebê nasceu prematuro, sei que passar por essas coisas não é nada fácil, e se você não colaborar enquanto o Bento não puder sair do hospital, vai ficar difícil para você, e todos a sua volta, porque isso não afeta somente a você, tambem afeta aos que convivem com você
-Só esta sendo difícil ouvir todos os dias, as pessoas me repetindo que o meu filho é prematuro, que eu tenho que ficar de repouso, que eu não posso o ver, o tocar, o pegar-deixei lágrimas cair-porque ninguem me entende, ninguem entende que ele precisa de mim, que só eu posso o proteger
-Kemy, tenta se controlar, você passou por tanta coisa, e agora que conseguiu ter o seu tão sonhado filho, não está sabendo lidar com esse pequeno detalhe, que ele é muito frágil, e precisa desse tempinho na encubadora, para ganhar peso e...
-E se eu realmente não estiver sabendo lidar com isso? porque eu sou mãe, eu quero o meu filho comigo, desde que ele nasceu, não pude mais ter nenhum contato com ele, e a cada segundo que se passa dele longe de mim, aqui dentro eu sinto que algo pode acontecer com ele, por isso eu quero tanto o ver, para o proteger
-Mas ele esta seguro, tem gente a todo momento no berçário, Kemy, você esta criando muitas paranoias, isso não esta te fazendo bem-ela suspirou me olhando-você é uma pessoa muito suscetível a ter depressão pós parto, e depois de conversar com os seus familiares, e analisar seu comportamento, eu sugiro que...
-Agora vai me dizer que estou com depressão?-a olhei desacreditada e comecei a rir-doutora, eu não estou com depressão nenhuma, não estou deprimida, a unica coisa que quero é o meu filho, agora toda mãe que quer o filho por perto tem depressão?
-Kemy, você esta me interpretando errado, deixa eu terminar de te explicar, eu apenas disse que você é suscetível a adquirir uma depressão pós parto e...
-Mas eu não estou com depressão nenhuma, que saco, e quer saber, melhor sair daqui, se for para ficar com esse papo chato, que eu saiba você é ginecologista não psicologa
-Tudo bem Kemilly, como você quiser-disse se levantando da cadeira e se sentou no sofá
-Não tem outras pacientes para atender não?-a perguntei
-Até tenho, mas em outro horário, vou ficar aqui até o seu marido chegar
-Tudo bem, já estou acostumada com todo mundo ficar me vigiando
Voltei a comer o meu café da manhã, e Luan não demorou chegar, ele trocou algumas palavras com doutora Denise e ela logo saiu.
-Tomou café?-o perguntei
-Sim, aproveitei e liguei para a Nick, acho que ela deve vir aqui mais tarde um pouco e trazer sua mãe e a minha, tambem perguntei da Maria Vitória, ela e a Alice se dão bem quando eu não estou em casa-ele riu de canto
-Era de se esperar né, porque a Alice é a versão kids da Nicole, tem mais ciumes de você do que tudo
-Mas isso é fase, o importante é que esta tudo bem com a nossa filha
-E o Bento? você o viu?
-Sim-sorriu de canto-esta cada vez mais lindo o nosso filho
-E eu queria ele aqui comigo-disse chorosa
-Tenha paciência meu amor, logo você vai poder ver ele
-É o que eu mais quero Luan-suspirei
-Com licença-disse uma enfermeira entrando no quarto-já terminou de comer? vim recolher a bandeja
-Terminei sim-assenti deixando ela pegar a minha bandeja e ela logo saiu
-Não sei porque cê fica reclamando, é super bem tratada nesse hospital, trazem comida boa toda hora
-Mas não trazem o meu filho-fiz bico
Como era entediante ficar naquele hospital, Luan ligou a TV e ficamos assistindo o jornal da manhã, eu fiquei na verdade, porque ele estava mexendo no celular. Era por volta de dez da manhã quando bateram de leve na porta, e uma enfermeira entrou para conferir se eu estava acordada, agora até meu sono eles querem regular, e antes que eu desse uma má resposta, Luan disse que sim, e a enfermeira saiu.
-Ta um saco esse entra e saí de enfermeiras aqui, estou achando que elas são suas fãs e estão inventando desculpas para te ver
-Será?-ele riu-bem capaz, das minhas fãs eu duvido de nada
-Com licença mamãe-disse a mesma enfermeira entrando ali de novo e eu já respirei fundo-dessa vez é por uma boa causa-abriu a porta e outra enfermeira entrou com um pacotinho azul nos braços, pela primeira vez meu coração se acalmou e foi impossível não segurar as lágrimas-tem alguem com fome, e precisa do seu leite
-Meu bebê-sorri em meio as lágrimas, já ansiosa para o pegar
-Devagar-disse a outra enfermeira o colocando em meus braços e eu não conseguia controlar a emoção-segura ele assim-ela me orientou como o segurar e eu só prestava atenção naquele rostinho lindo-agora coloque o seio para fora, que vou te ensinar como o amamentar
-Sério que eu já posso o amamentar?-a peguntei sem acreditar
-Vai ser aos poucos, porque ele precisa do seu leite, e do contato com você-me explicou
-Eu sei que ele precisa de mim-sorri em meio as lágrimas, olhando o rostinho do meu filho
-Agora esta do jeito que você queria-disse Luan do meu lado, nos olhando emocionado
-A primeira mamada deve doer um pouco, por isso é bom se concentrar e ver se o bebê esta pegando corretamente-disse uma das enfermeiras
As enfermeiras me orientaram como eu deveria o amamentar, e eu estava toda boba sorrindo e olhando para o meu filho, ele abriu os olhinhos lindos e verdes como os meus, e me olhou começando a resmungar, o balancei um pouquinho e o coloquei com a boquinha no bico do meu seio com a ajuda das enfermeiras, foi algo tão rápido, e eu devia estar anestesiada de tanto amor que nem senti quando ele começou a puxar, era lindo o ver mamando, parecia esfomeado, e aliviado ao mesmo tempo, ele sugava com força o leite, e eu analisava cada traço do rostinho dele, era tão meu, a coisa mais perfeita que vi na vida, era o meu filho, o meu tão sonhado e esperado Bento.
-Ta gostoso ai né rapaiz-disse Luan todo bobo segurando com o dedo uma das mãozinhas do nosso filho
-Amor, deixa ele mamar quietinho
-Tô fazendo nada, só tô admirando o momento-sorriu nos olhando-eu amo vocês-beijou a minha testa
-A gente ama você, mas esse momento é só meu e dele-alisava com cuidado o rostinho dele
Foi tão gostoso esse momento, meu e do meu filho, finalmente ter ele em meus braços, poder o sentir, saber que ele é real, era muito magica essa emoção de poder o amamentar, em toda a minha vida nunca vivi um momento tão magnifico assim. Pareceu durar tão pouco a mamada do Bento, e logo as enfermeiras me mandaram o tirar do peito, e o colocar para arrotar. Era tudo tão novo pra mim, e meu filho era tão pequeno e frágil que eu tinha medo de o quebrar, mas outra vez tive ajuda para o colocar para arrotar, e achei tão gostoso ouvir o arrotinho dele perto do meu ouvido, sorri feito boba, e depois o ajeitei melhor em meus braços.
-Vou poder ficar com ele agora?-perguntei as enfermeiras
-Ele precisa voltar para a encubadora, só veio para amamentar e ter o primeiro contato materno
-Mas eu quero ficar um pouquinho com ele-as olhei já começando a chorar e elas se entreolharam
-Tudo bem, vamos deixar ele um pouquinho com você, mas saiba que logo o seu bebê precisa voltar para a encubadora
-Eu sei-assenti para elas-só me deixem ter um momento a sós com ele
As enfermeiras saíram do quarto e eu ainda estava sem acreditar que finalmente pude segurar o meu filho em meus braços.
-Oi meu amor-sorria boba o olhando-eu te amo tanto-o tocava com cuidado
-O papai tambem te ama garotão-disse Luan colocando seu rosto colado ao meu, do lado contrário ao que estava o nosso filho
-Ele é tão perfeito, se parece um pouco com você-analisava cada detalhe
-Mas é claro, eu fiz direitinho-Luan se gabou e eu o encarei-fizemos-corrigiu rindo
-Bento, a mamãe ama você-olhava nos olhinhos dele, e ele parecia concentrado em mim-você é tudo pra mim meu filho, mamãe vai sempre te proteger-alisei seu rostinho-com certeza você é o maior amor da minha vida, a maior benção de Deus pra mim
-Pensei que era eu o amor da sua vida-disse Luan intrometido
-Luan, não atrapalha o meu momento com ele, vai procurar algo para fazer
-Tambem quero ficar perto dele-disse tocando a mãozinha dele-será que posso pegar?
-Melhor não arriscar, daqui a pouco as enfermeiras vem buscar ele, e eu quero aproveitar cada segundo com o Bento
-Eu sei amor, mas eu sou o pai dele, tambem quero pegar um pouquinho
-Luan, ele é tão frágil, estou segurando com todo cuidado do mundo, e até mesmo com um pouco de receio
-Eu sei segurar criança melhor que ninguem, eu que criei a Nicole sozinho, ajudei cuidar da Alice, então sei pegar bebê
-Mas nenhuma delas nasceu prematura Luan, diferente do Bento, que é mais pequeno e frágil
-Tem razão-disse Luan o analisando bem-melhor deixar ele com você agora, porque depois vou ter tempo o suficiente para segurar o meu garotão-disse todo sorrisos segurando a mãozinha dele
-Depois eu que sou sem paciência-ri de canto-esta vendo só bebê, seu pai é mais impaciente do que eu
-Agora esta me zoando toda engraçadinha, porque esta com o nosso filho no colo, mas daqui a pouco vai começar a ser a rainha do drama de novo-ele riu
-Não tira a minha paciência agora Luan, deixa eu curtir o Bento-cheirei a cabecinha dele-coisinha mais gostosa da vida da mamãe-sorri para ele-sou sua mamãe
-É a mamãe mais linda-disse Luan beijando a minha testa-sempre soube que você seria a mãe dos meus filhos
-Que bom que você não desistiu de mim-o olhei-sem você, nada disso seria possível
-Sem fé, nada disso seria possível, porque o nosso filho é um presente de Deus
-Sim, o maior e mais lindo presente-sorri alisando o rostinho dele
-Com licença...-era a enfermeira entrando no quarto de novo e eu suspirei
-Já veio buscar ele?
-Sim, ele precisa voltar para a encubadora
-Mas ele ficou tão pouco comigo
-Logo a gente trás ele de volta, mas agora preciso o levar-disse o tirando de meus braços e meu coração se despedaçava outra vez
-Meu filho, logo você volta para a mamãe-beijei o rostinho dele pela ultima vez e deixei lágrimas cair, vendo a enfermeira o levar
-Tambem queria que ele ficasse com a gente meu amor-disse Luan suspirando-mas ele precisa de cuidados
-Só queria o meu filho comigo-já chorava
-Kemy, você já viu ele, agora fica calma que logo ele volta para você
-E se não voltar?
-Mas vai voltar, tenho certeza que vai-disse Luan vindo me abraçar e eu chorava com a dor de terem tirado o meu filho de mim
_____________________________________________________________________________________________
Olá amoreees, capitulo ficou pequeno, maaas espero que tenham gostado, nada demais anconteceu, ainda, haha, por hoje é só, e não se esqueçam de COMENTAR, bjoooos
Que susto o início do capítulo! Acho que agora que a Kemy teve esse contato com o Bento ela fique um pouquinho mais tranquila
ResponderExcluirSei lá,só acho que a Kemy Está com Depressão pós-parto Também chamada de:DPP
ResponderExcluir