161ºCapitulo

*Luan on.

Durante a noite Kemy me deu um pouco de trabalho até finalmente conseguir dormir, ela delirou um pouco, pedia toda hora para ver o nosso filho, e eu tentei de todas as formas a acalmar, até ela se render ao sono. Pra mim tambem estava difícil conseguir dormir, me lembrar de tudo o que passei hoje, da agonia, da ansiedade, até o momento que vi meu filho nascer, era muita alegria para um homem só, e um sorriso bobo se formava em meus lábios, meu coração estava tranquilo, vendo que minha mulher estava bem, e saber que o meu filho tambem estava bem e nasceu super saudável. Me deitei no largo sofá do quarto em que Kemy estava internada se recuperando do parto, mas meu coração estava em nosso filho, poderia ser besteira pensar nisso, mas eu tambem tinha medo que algo acontecesse a ele, eu jamais iria me perdoar, sei que ele está seguro no hospital, mas eu decidi me levantar e ir ver se realmente estava tudo bem com o meu menino. O olhei pelo vidro, e meu coração se acalmou, ele estava tão quietinho na encubadora, era tão pequeno, e eu mal conseguia acreditar que ele era um pedacinho meu.

-Esta tarde senhor, não devia estar aqui-disse uma enfermeira indo até mim
-Me desculpa, é que eu vim ver o meu filho-sorri bobo o olhando
-Sei que o senhor quer ficar o admirando, mas esta tarde e não é permitido visitas nesse horário
-Eu sei-suspirei-já vi o meu meninão, então vou voltar para o quarto que esta a minha mulher, promete cuidar bem dele?
-Sim, aqui o seu filho esta sendo muito bem cuidado, pode ficar tranquilo
-Obrigado-sorri agradecido

Como não pude ficar admirando o meu filho, voltei para o quarto, me deitei no sofá, e devido o cansaço logo apaguei. Acordei ouvindo vozes no quarto, e quando finalmente abri os olhos vi minha mãe, minha sogra e Nicole ao redor de Kemy, minha mulher já estava acordada e elas conversavam, eu estava com o corpo dolorido por ter dormido todo torto no sofá, mas como já estava cheio de gente ali, me levantei e fui até elas.

-Bom dia-disse com a voz rouca de sono, abraçando a minha filha por trás
-Bom dia papai mais lindo-disse Nick beijando o meu rosto
-O bom dia foi para todas-disse as olhando e elas sorriram me cumprimentando de volta
-Conseguiu dormir meu bem?-Kemy me perguntou
-Um pouco-sorri de canto entrelaçando as nossas mãos-e você, dormiu bem? como esta se sentindo? sente alguma dor?-perguntei preocupado devido ela estar cheia de pontos na barriga
-Só estou cheia de saudade do nosso filho-me olhou manhosa-ainda não trouxeram ele pra mim, busca ele Luan
-Amor, em relação a isso, eu não posso fazer nada-suspirei-o bebê precisa ganhar peso, ficar na encubadora, mas assim que ele puder sair, tenho certeza que vão traze-lo para você
-Mas eu quero ver ele, mal pude ficar com o meu filho-dizia toda chorosa
-Minha filha se acalme, ele esta bem-disse minha sogra tentando a acalmar
-Mas ele é o meu filho, e eu sou a unica que não o viu ainda-dizia toda dramática
-A gente só viu ele pelo vidro, ninguem pegou ou tocou ainda, ele é prematuro, por isso precisa de cuidados-disse Nicole
-Não sei porque fazem isso-Kemy bufou-cadê a doutora Denise? preciso pedir a ela para me trazer o meu bebê
-Amor, ela não esta no hospital agora, deve vir depois ver como você esta, e acho que em relação a isso ela não pode fazer nada, porque quem esta cuidando do nosso filho é um pediatra
-Então eu mesma vou ver ele-disse Kemy indo se levantar e todos a seguramos, a impedindo de fazer qualquer loucura
-Nada disso, para de maluquice, você esta cheia de pontos na barriga, não pode se esforçar-a disse firme
-Kemy, fica o mais tranquila e quieta possível nessa cama, você fez uma cesariana, então agora precisa tomar cuidado-disse minha mãe
-Verdade minha filha, não se agite ou se arrisque a sair dessa cama de novo, se esses pontos abrem...-disse minha sogra já aflita
-Nem diz uma coisa dessas-minha mãe a repreendeu tambem preocupada-agora é fazer o repouso por sete dias, até os pontos secarem
-Tudo isso só por causa de um parto?-disse Kemy nos olhando emburrada
-Sim, ainda mais para você que teve riscos na gravidez, não pode ficar se esforçando-disse minha mãe
-Kemy, minha filha, seja compreensiva, é para o seu bem-minha sogra tentava a explicar
-Será que vocês não entendem, que eu tô nem ai para isso? eu quero saber do meu filho, do meu Bento-disse Kemy tentando outra vez se levantar, toda teimosa
-Pode parar-a segurei firme na cama-você não é nenhuma criança Kemilly, então custa ficar quieta? o Bento esta bem, esta sendo bem cuidado, e você precisa apenas descansar e ficar quieta nessa cama, é pedir muito?-a disse sério e ela me olhou chorosa
-Não precisa ser grosso comigo-disse chorosa-eu só quero o meu filho-deixou lágrimas cair
-Filho, são os hormônios-disse minha mãe alisando o meu braço para me acalmar-melhor você ir tomar um café, já ficou aqui a noite toda, deixa que a gente faz companhia para ela, e a aconselha
-É pai, vai comer alguma coisa-disse Nick me abraçando-melhor termos uma conversa feminina sobre a maternidade com a Kemy, que ainda não esta sabendo lidar com isso
-Então fiquem de olho nessa teimosa, e não deixem ela fazer nenhuma gracinha-disse olhando firme para Kemy, que revirou os olhos
-Vai conversar com algum médico, ou qualquer outra pessoa, que traga o Bento pra mim-me pediu
-Ta bom, vou ver o que consigo-suspirei a olhando-se comporta-beijei a testa dela
-Fica tranquilo, que com essa daí eu sei lidar-disse minha sogra
-Botem juízo na cabeça dela, só peço isso

Saí do quarto, e fui direto ver o meu filho pelo vidro do berçário que era logo ali do lado. Fiquei babando no meu meninão, e vendo as enfermeiras cuidar dele e de outros bebês ali dentro, uma delas me reconheceu e fez sinal para que eu entrasse ali, no começo não entendi, mas ela mandou eu abrir a porta e entrar, então assim fiz.

-Posso entrar né?-perguntei já entrando no berçário
-Pode, agora é o horário de visitas e você é pai do bebê, então tem permissão-me explicou e só então reconheci que era ela que me barrou de madrugada
-Agora pode né-ri a olhando e ela entendeu que eu me referia ao ocorrido na madrugada
-Apenas sigo as regras do hospital senhor, mas agora você pode ver o seu filho mais de perto e ter contato com ele, só lave as mãos e higienize antes-disse apontando um lavabo

Lavei as mãos, sequei, passei álcool gel, e fui todo feliz para perto do meu filho, ele estava com o olho aberto e olhou pra mim, assim que me aproximei.

-Oi garotão-sorri falando com ele-o papai veio te ver de pertinho agora
-Pode colocar a mão ali dentro se quiser-disse a enfermeira me apontando um buraco da encubadora
-Tenho medo, ele é tão pequeno-o analisava
-Mas você higienizou as mãos, e é bom que ele tenha contato com o senhor, aos poucos é liberado para as pessoas mais próximas da família vir ter contato com ele
-Eles vão amar-sorri bobo-e ainda bem que esse momento agora é só nosso, meu filho-coloquei a minha mão dentro do vidro e toquei a mãozinha dele, que segurou o meu dedo com força e me olhava todo vidrado-como você é forte meu amor-sorri feito bobo para ele-já esta apertando o dedo do papai cheio de força, logo você sai daí, e vem para os braços do papai e da mamãe-conversava com ele, que parecia prestar atenção no que eu dizia-sua mamãe quer muito ver você, eu entendo a ansiedade dela, você foi tão planejado, tão esperado por nós, e chegou de surpresa quando a gente menos imaginava-deixei lágrimas cair, me lembrando de tudo o que passamos-só sei que eu amo você meu filho, você é a coisa mais preciosa que eu tenho-alisei o rostinho dele com o dedo minimo, já que ele apertava o meu indicador-Bento, o papai ama você, só Deus sabe o quando esse momento esta sendo incrível pra mim-fechei os olhos deixando lágrimas cair e senti ele apertar o meu dedo forte outra vez-e você não é uma ilusão-sorri em meio ao choro-você é real, e esta aqui apertando o meu dedo para me provar isso, Bento, meu Bento, o papai ama você

Eu já não sabia mais o que dizer, deixei lágrimas cair e fiquei admirando o quanto o meu filho Bento era perfeito, mesmo tão pequeno, em cada traço ele era lindo, era uma mistura minha e de Kemy completamente, pois eu via os olhos dela, meu nariz, minha boca, o formato do rosto como o dela, ele era a nossa mistura, nossa melhor parte, o pedaço mais lindo que o nosso amor gerou, o nosso filho.

-Desculpa qualquer coisa-disse para a enfermeira, me tocando que eu não estava sozinho ali
-Imagina senhor, sei que a emoção é grande, então fique á vontade, é seu momento com o seu filho
-Obrigado pela compreensão, porque realmente, nem eu sei explicar o que estou sentindo-sorri igual bobo em meios as lágrimas
-É a emoção de ser pai-ela sorriu me respondendo

Pude ficar só mais um pouco ali dentro, e logo tive que sair, pois outros pais tinham que entrar para ver os seus filhos, ao chegar do lado de fora já senti saudade do meu garotão, o dei uma ultima olhada pelo vidro, e fui para o restaurante do hospital tomar um café.

-Olha quem esta aqui-sorri vendo Alice e Maria na pontinha dos pés, tentando ver o Bento pelo vidro, elas vieram com o Lucas, que segurava a mochila das duas
-Papai-Maria veio correndo me abraçar-cadê o meu irmãozinho?
-Vovô-Alice ciumenta me abraçou do outro lado-cadê o bebê?
-Calma ai mocinhas, sou um só, filha vem ver o seu irmãozinho, depois eu o mostro para a Alice-disse pegando Maria no colo e Alice fez um bico enorme
-Vem cá filha, eu ergo você-disse Lucas colocando as mochilas no chão e pegando ela no colo, ainda emburrada
-Cadê ele papai?-Maria olhava curiosa
-Ta ali-o apontei-esta vendo Alice?-perguntei a vendo bicuda no colo do pai dela
-Tô, e é feio-disse toda irritada
-Não é não-disse Maria indignada-meu irmãozinho é lindo, não é papai?-me olhou
-Claro que é lindo-sorri bobo-é o mais lindo de todos
-É estranho-disse Alice-eu não achei nada bonito, quero descer-pediu a Lucas
-Para de falar que o bebê é feio, você era igualzinha quando nasceu-disse Lucas a olhando bravo
-Claro que não papai, eu sempre fui linda
-E metida-disse Maria rindo baixinho, ainda em meu colo e tambem ri
-Gostou de ver o seu irmãozinho?-perguntei a Maria
-Gostei-ela assentiu animada-mas porque eu tenho que ficar aqui? quero ir lá dentro falar com ele, pegar ele
-Mas ainda não pode, ele é muito pequeno, ninguem pode ficar entrando ali
-Queria ver ele de pertinho-disse chateada
-De perto deve ser mais feio ainda-disse Alice
-Alice para de falar assim, o bebê não é feio, feia esta sendo você e essa sua malcriação-disse Lucas
-Chato-disse o olhando emburrada
-Que coisa feia é essa?-a olhei bravo, colocando Maria no chão-você esta sendo muito chata e malcriada Alice, além de ficar falando que achou o meu filho feio, assim você me chateia, quer que eu fiquei chateado com você?-a olhei sério e ela abaixou a cabeça vindo me abraçar
-Desculpa vovô
-Não desculpa ela não, vou contar para a sua mãe o que você anda dizendo, e você vai ficar de castigo o resto do mês-disse Lucas
-Não papai, de novo não-começou a fazer drama-castigo de novo não
-Menina chata e malcriada, merece castigo sim-ele disse firme
-Oi, que bom que chegaram-disse Nicole chegando ali e percebendo o clima-o que aconteceu?-perguntou olhando desconfiada para Alice, que estava com um bico enorme
-Sua filha sendo muito educada como sempre-disse Lucas
-Alice, o que você fez dessa vez?-perguntou a encarando
-Eu não fiz nada-disse vindo me abraçar e eu não deixei
-Nada disso, conta para a sua mãe agora, porque eu não gostei e fiquei chateado com o que você falou-a fiz se virar para Nicole, que a encarava
-Eu não posso mais achar ninguem feio?-disse toda dramática
-Nenhum bebê é feio-disse Maria-e você falou do meu irmãozinho
-Cala a boca fofoqueira...-disse Alice a olhado irritada e Nicole a cortou
-Cala a boca você, porque eu juro que não sei o que eu vou fazer com você Alice-disse Nicole respirando fundo-só não vou gritar, brigar, ou te dar um sermão agora porque estamos dentro de um hospital e precisa de silêncio-a olhou ameaçadora-mas quando chegar em casa se prepara, lá a gente conversa, entendeu?-Alice só assentiu e ficou de cabeça baixa
-Só vim deixar elas, e preciso voltar para a academia-disse Lucas
-Ta bom, em casa conversamos melhor, sobre uma certa mocinha-disse Nicole encarando Alice
-Precisamos mesmo, porque eu tô cheio de vergonha, com o que ela anda falando-Lucas a encarou-preciso ir, e sogrão, desculpa qualquer coisa-disse todo sem graça
-Imagina cara, boca e mente de criança ninguem controla, mas obrigado por ter trazido minha pequena tambem-disse alisando os cabelos de Maria e ele logo saiu
-Viu o nosso irmão Maria?-disse Nicole falando com ela
-Vi-ela sorriu-ele é tão pequenininho, eu queria ir pegar ele, mas o papai disse que não pode
-Não mesmo, nem a gente pode pegar ele ainda, mas logo vamos poder pegar o nosso irmãozinho e mimar muito ele-disse minha filha o olhando pelo vidro-meu irmão é lindo, e se eu ouvir um piu de certas pessoas, em relação a ele, eu juro que corto a língua-disse jogando indireta para Alice, que ainda estava toda bicuda
-Eu ajudo cortar-disse Maria rindo para provocar Alice, que a deu uma olhada mortal
-Filha, não provoca-a olhei e ela ficou rindo de canto
-Papai e aonde ta a minha mamãe?-perguntou Maria
-Ela esta no quarto descansando, quer ver ela?
-Quero, tô com saudade
-Então vamos ver a mamãe-a peguei no colo
-Pai, pode ir com a Maria para o quarto ver a Kemy, que eu vou comer um lanche com a Alice-disse Nicole pegando a mochila dela e a puxando pela mão-assim evita ela falar as coisas perto da Kemy, que não esta em um estado muito bom, para ouvir certas coisas
-Melhor mesmo-concordei suspirando e me abaixando para pegar a mochila da minha filha
-Tchau irmãozinho-disse Maria o vendo outra vez pelo vidro
-Depois você vem ver ele de novo, agora vamos ver a mamãe, e o papai só vai te pedir para ter cuidado para abraçar ela, porque a mamãe não pode fazer esforço
-Ta bom-ela assentiu

Entrei com Maria no quarto, onde a minha mulher estava se recuperando, e ela logo desceu do meu colo indo para perto da mãe.

-Oi mamãe, eu vim te ver-disse toda animada subindo a escadinha do degrau e indo abraçar Kemy
-Não, cuidado-Kemy a afastou-Maria, eu já te disse quantas vezes para não chegar pulando? você poderia ter me machucado desse jeito
-Desculpa mamãe-disse Maria toda sem jeito
-Desculpa nada, Luan, você devia ter falado para ela ter mais cuidado-disse Kemy toda brava
-Calma, não precisa falar assim com ela-peguei Maria no colo que estava toda chateada-ela não sabe que você esta cheia de pontos, eu pedi para ela ter cuidado, e ela não fez nada demais, só iria te abraçar porque esta com saudades de você
-Luan, eu não estou em condições de abraçar ninguem, não é você mesmo que me disse para ficar quieta, feito uma estatua em cima dessa cama?
-Filha, não precisa exagerar-disse minha sogra se intrometendo, vendo que o clima não estava bom
-Você não pode se estressar Kemy, a Maria não sabia de nada, e chegou aqui com a intenção de te abraçar, então se acalme-disse minha mãe tentando amenizar
-Desculpa mamãe-Maria pediu de novo
-Ta tudo bem filha-beijei o rostinho dela-sua mãe só esta um pouco estressada-olhei bravo para Kemy
-Eu não estou estressada, e Luan, você foi atrás de alguem para trazer o meu filho pra mim?
-Kemy, ele ainda não pode sair da encubadora, mas assim que puder, a primeira coisa que vão fazer é trazer ele para você, satisfeita?
-Não, porque já estou quase um dia todo sem ver o meu filho, veio enfermeiras me trazer comida, fruta, suco, mas eu não quero nada disso, ninguem nesse hospital entende que eu só quero o meu filho? o Bento precisa de mim e eu preciso dele
-Ta bom Kemy, só tenha paciência, você precisa ter um pouco de noção da realidade, ele é prematuro, recém nascido e você querendo ele com você 24 horas por dia? ele precisa de cuidados, calma, que ele não vai ficar aqui para sempre, é questão de dias apenas
-Então eu vou ficar quantos dias sem ver o meu filho? servi apenas para que? só para parir e ele ficar longe de mim? era bem melhor quando ele estava na minha barriga, só eu e ele, eu o sentia, eu o protegia, agora ele esta longe, cheio de gente estranha por perto, e você ao menos poderia ir vigiar se esta tudo certo com ele, fica vindo aqui me dar sermão, e reforçar que ele é prematuro, para de jogar isso na minha cara, que não pude segurar a gravidez até o fim, que...
-Chega, se acalme, olha as coisas que esta dizendo minha filha-disse minha sogra a interrompendo-Kemilly, nada vai acontecer ao Bento, já conversamos sobre essa sua ansiedade e preocupação exagerada, quando você menos esperar vão chegar com ele aqui e o deixar em seus braços
-Mãe, a senhora não esta me entendendo, ninguem esta-disse Kemy deixando lágrimas cair-o meu filho é tudo pra mim, só eu sei o quanto eu sofri para que ele viesse a existir, e agora que ele nasceu, esta longe de mim, desprotegido...
-Isso é tudo paranoia sua-disse a olhando-meu amor, ele esta super bem, ganhando peso, sendo cuidado a todo momento, e você aqui nessa preocupação, para com isso, relaxa um pouco
-Você não entende o que eu estou sentindo Luan, ninguem de vocês entende-ela nos olhou-eu só quero o meu filho, mais nada, mais ninguem...
-Nem a mim?-perguntei
-Se for para ficar me enchendo o saco, nem você
-Ok, então já que encho o seu saco, vou sair daqui, é até melhor que evito ouvir seus dramas e chiliques, vamos minha filha

Peguei Maria pela mão e saímos do quarto, ela não estava entendendo nada e parecia toda perdida.

-Papai, você e a mamãe brigaram por minha culpa?-perguntou tristonha-me desculpa, eu não sabia que eu não podia abraçar ela
-Não meu amor, você não teve culpa-me abaixei a abraçando-não se sinta culpada, ta bom? a mamãe esta um pouco alterada, o papai tambem-respirei fundo-então esquece o que ouviu, quer um sorvete?
-Quero-assentiu-mas no hospital tem sorvete?-perguntou sem entender e eu ri
-No hospital não, mas no restaurante do hospital sim, vamos lá comprar um sorvete
-A gente não ia ver o meu irmãozinho depois?
-Se quiser vamos ver ele tambem
-Ele pode tomar sorvete?
-Ainda não-ri das perguntas dela-agora chega de perguntas e vamos tomar sorvete

Segui com Maria para o restaurante do hotel, e de longe vi Nicole e Alice sentadas em uma mesinha, Alice estava com o bico mais enorme do que nunca, com certeza Nicole deu um sermão nela e agora ela estava quietinha para refletir, comprei o sorvete para Maria e nos sentamos com minha filha e minha neta, acabei dando meu sorvete para Alice, para a agradar, mesmo com Nicole falando que eu não devia fazer isso porque ela estava de castigo, eu não gosto de ver ela passando vontade, mesmo que ela me chateei e me irrite, eu ainda a amo, é minha unica neta, e querendo ou não, é a Nicole pura quando criança, acho que a minha filha esta pagando dobrado tudo o que fez comigo sem saber, só não entendo de onde vem esse sangue ruim, é melhor não entender, porque eu era calmo, tranquilo e até mesmo bobão quando criança, minha filha e minha neta eram totalmente o meu oposto, e tomara que Bento seja igual a mim, não bobo, mas sim um menino tranquilo, porque eu já não tenho idade para aturar criança chata.

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Olá amores, cadê vocês? estão vivas? ainda tão acompanhando a fic? cadê os comentarios? ta tão ruim assim a história? eu sei que to demorando postar, mas já expliquei minha situação, e nesse tempo que to sem postar vocês podiam ler e comentar, mas cadê? então pelas poucas pessoas que comentaram, eu tô postando, ta pequeno mas foi o que deu, se tiver comentarios quem sabe amanhã tenha mais? então COMENTEEEM, me sinto chata insistindo nisso, mas é assim que sei quem ta acompanhando, gostando e interagindo com a história, bjooos