sábado, 26 de maio de 2018

180ºCapitulo

Segui para o meu quarto, e fui até o banheiro, onde Kemy estava sentada na banheira toda tristinha, me despi meio desajeitado e entrei ali dentro com ela, a abracei como pude, e ela chorou em meu peito, odeio ver a minha mulher triste. Tomamos um banho em meio a carinhos, e depois saímos colocando uma roupa mais fresca, Kemy já colocou sua camisola, e um robe por cima, eu só vesti a minha cueca e uma calça de moletom, ela ainda teve que me ajudar um pouco, já que para me vestir usando só um braço é mais difícil do que me despir. Kemy foi buscar Bento que estava na sala, para o dar mama e o fazer dormir, e quando voltou, Maria veio junto, já estava tomada banho e de pijama, enquanto Kemy dava a mamadeira para o nosso filho, Maria ficou grudada comigo na cama.

-Filha, hora de ir dormir, o Bento já dormiu-disse Kemy vindo se deitar na nossa cama, após colocar ele no berço
-Mamãe, deixa eu dormir aqui, estou com medo de ficar longe de vocês-disse nos olhando e Kemy suspirou
-Você nunca mais vai ficar longe da gente meu amor-disse carinhosa beijando a testa dela
-Eu posso ficar?-pediu olhando para a mãe
-Pode-Kemy assentiu sorrindo de canto-mas só hoje
-Fica aqui no meio da gente Marivi-a pedi para se deitar no meio, e ela foi toda alegre se deitar entre mim e a Kemy-agora sim, estamos juntinhos-beijei o rostinho dela e me ergui para dar um selinho em minha mulher
-Ainda bem que tenho vocês-disse Kemy nos olhando, e eu sabia que ela estava triste
-Você sempre vai ter a gente meu amor-alisei o rosto dela a olhando-agora vamos todo mundo dormir
-Vou dormir bem protegida aqui-disse Maria se agarrando a mim-papai, você é o meu herói, eu te amo-disse baixinho em meu ouvido e sorri
-E você é a minha princesa-beijei o rostinho dela-que tal abraçar a mamãe? acho que ela precisa do seu abraço
-Ela parece tristinha-Maria sussurrava
-Sim, vai dar carinho para ela tambem-Maria assentiu indo abraçar a mãe
-Mamãe, quero o seu abraço tambem-disse Maria a puxando
-Então vamos ficar nós três agarradinhos-disse Kemy a abraçando, e eu cheguei mais perto das duas
-Prontinho, família unida e feliz-sorri as olhando-boa noite minhas princesas

Em meio aquele amor e união, nem sei quem dormiu primeiro, só sei que foi bom sentir a energia desse amor entre nós. Algumas semanas se passaram, e a vida seguia normalmente graças a Deus, as aulas de Maria e Alice voltaram, Nicole preparava tudo para o chá revelação do meu neto que estava previsto para ser anunciado antes do meu aniversário, Bento estava cada vez mais esperto, e nos deu um susto rolando da cama após tomar banho quase caindo no chão, Kemy quase morreu do coração, ele não pode mais ficar sozinho, até no berço ele já esta querendo escalar. Minha sogra ainda insistia em ver Cristina, e Kemy continuava chateada com a mãe, todos estávamos preocupados com dona Célia nessa depressão que ela se afundou, até Nicole não consegue mais animar a avó, e como finalmente eu retirei a tipoia do meu braço, e comecei a fazer fisioterapia, meu braço estava melhorando, então eu já conseguia dirigir.

-E então Luan, você vai mesmo me levar?-minha sogra me olhou esperançosa, quando entrei em seu quarto para conversarmos
-Sim dona Célia, só assim para tirar a senhora desse quarto e te animar um pouco-aceitei meio receoso
-Eu só preciso ver a minha filha-deixava lágrimas cair-mas como vamos fazer para a Kemilly não descobrir?
-Amanhã ela vai sair com a Paola, já que ela esta montando um novo negócio e quer a ajuda da Kemy, ela vai levar o Bento junto, porque ele vai passar o dia com a madrinha, então da tempo da gente ir e voltar sem ela saber
-Tudo bem, acho que aguento esperar por mais um dia-disse enxugando as lágrimas que caiam-nem sei como te agradecer, pois você é o único que poderia me ajudar
-Estou fazendo isso pela senhora, agora tenta se animar, sair um pouco do quarto, a Kemy esta muito preocupada com a senhora
-É que eu não quero incomodar vocês, só quero ficar no meu cantinho
-Mas custa sair um pouco? ver a luz do dia, ver toda a família, vai fazer bem para a senhora
-Amanhã já vamos sair, então prefiro descansar, mas obrigada pelo o que esta fazendo por mim, meu genro querido-sorriu segurando minha mão
-Só quero te ver bem sogrinha-beijei a mão dela-agora descansa

No dia seguinte, acordei com as gargalhadas do meu filho em cima da cama, Kemy tentava o trocar, e ele ficava rolando, achando graça da cara da mãe brava com ele.

-Bom dia garotão-disse o segurando e ele deu um gritinho se remexendo todo-meu Deus, cada dia que passa você acorda mais esperto
-Nem me fale-disse Kemy suspirando cansada-amor, segura ele pra mim o trocar, porque ele não quer deixar
-Filho, fica quietinho para sua mãe te trocar-me sentei na cama o segurando e tentando o distrair para Kemy o trocar
-Bento, se não ficar quietinho e não deixar a mamãe te trocar, você não vai ir passear e ver a dinda-disse Kemy tentando falar brava com ele, e ele ria-desisto
-Amor, ele não entende ainda, mas calma que ele vai colaborar, né filhão-o olhei e Bento me olhava com a maior cara de sapeca
-Ele não quer colocar a roupa, já foi um sacrifício trocar a fralda dele
-Gosta de ficar pelado rapaz? pode não-disse brincando com ele-vamos colocar roupa, se não a mamãe não vai te levar para passear

Em meio a enrolação do Bento, conseguimos o trocar, ficou a coisinha mais linda com calça jeans e camisa polo, meu filho já é um mini galã, e enquanto Kemy arrumava a bolsa dele, eu brincava com ele em cima da cama.

-Prontinho-disse minha mulher já pronta, com a bolsa azul do nosso filho de um lado e a dela do outro-agora me da o meu bebê, que vamos ver a dinda
-Vocês vão demorar?-perguntei a entregando o nosso filho, que foi todo agitado para o colo dela
-Não sei amor, mas provavelmente sim, a Lola quer que eu a ajude no novo negócio dela que envolve moda, e com certeza vou almoçar com ela, mas tudo depende se esse mocinho colaborar e se comportar-disse olhando para o nosso filho que puxava o colar dela
-Quer que eu te leve amor? você esta com um monte de coisa
-Eu vou de uber mesmo, e para voltar a Paola trás a gente
-Então boa sorte amor, e tenha um bom dia-sorri para ela me ajoelhando na cama e a dando um selinho-e você se comporte filhão-beijei a cabecinha dele
-Espero o mesmo-disse Kemy o olhando-agora vamos, que a dinda nos espera
-Amo vocês-os joguei beijo, enquanto Kemy ia saindo
-Amamos você papai-Kemy sorriu me jogando beijo-e não esquece de olhar a minha mãe, fazer ela comer-disse antes de sair
-Pode deixar, vou lá cuidar da sogrinha, já que vai ficar só nois em casa mesmo
-Agora vou indo, porque não esta fácil carregar duas bolsas, e um bebê que não para quieto

Kemy fechou a porta, e fiquei rindo a vendo sair toda desajeitada, mas pelo menos o plano de levar a minha sogra na penitenciaria para ver Cristina daria certo. Tomei um banho rápido, troquei de roupa, e fui conferir se tinha alguem em casa, Lucas levou as crianças para a escola e depois foi direto para a academia trabalhar, e Nick saiu com a minha irmã, atrás das coisas para o chá de revelação do meu neto, o que com certeza iria levar o dia todo. Desci até a cozinha, e tomei café conversando com Cida, ela já está de idade, trabalha comigo a tantos anos, merece um descanso, já pensei em colocar outra mulher para a ajudar, mas Cida ainda insiste em trabalhar aqui, e diz que da conta de tudo sozinha, mas no fundo eu sei que ela fica aqui porque gosta de nós, e ela sabe que a tratamos com carinho.

-Cidoca, eu vou sair com a minha sogra, e você faz um favor pra mim, se a Kemy aparecer, você me liga?
-Ligo sim senhor, mas aconteceu algo com a dona Célia?-perguntou preocupada
-Ela não esta se sentindo bem, consegui a convencer a ir no hospital porque a Kemy não esta em casa, ela não quer que a filha se preocupe
-Entendo-Cida compreendeu
-Então se ela aparecer me avisa, obrigado desde já Cidoca-beijei o rosto dela e saí da cozinha

Segui até o quarto da minha sogra, e ela já estava arrumada, sentada na beirada da cama rezando com o seu terço, não queria a interromper, mas precisávamos ir agora.

-Sogrinha, desculpa interromper, mas se já esta pronta, melhor irmos agora-a avisei
-Já estou indo-assentiu fazendo o sinal da cruz e beijando o seu terço-obrigada outra vez-me agradeceu quando fui a ajudar se levantar
-Não precisa agradecer sogrinha, agora vamos, que da tempo de chegar no primeiro horário de visitas

Minha sogra estava esperançosa, e foi rezando seu terço durante o caminho, eu não queria entrar naquele lugar, o clima era pesado demais, conversei com o delegado responsável, e expliquei que ela era a mãe de uma das detentas, o horário de visitas já havia começado, então permitiram que dona Célia entrasse para ver Cristina, fiquei com o coração na mão ao ver minha sogra entrar ali dentro sozinha, mas eu não poderia a acompanhar, e nem queria ver de novo a cara de Cristina, só estava torcendo para que dona Célia não passasse mal, pois a culpa iria cair totalmente sobre mim se algo a acontecesse.

*Cristina on.

Agora que estou presa, só consigo sentir mais ódio de Luan, minha irmãzinha e toda aquela família, quando sair daqui eu vou acabar com todos eles, por cada minuto que passo dentro desse lugar horrendo, eu juro que vou fazer eles pagarem. Meus dias tem sido horríveis aqui, convivendo com gente pobre, feia e fedorenta, eu insisti para ficar em uma cela melhor, mas me jogaram em uma qualquer, junto com um bando de pobres, que nojo, eu não consigo nem comer nada nesse lugar, muito menos dormir naqueles colchões imundos, estou me sentindo no meio do lixo, e eu vou fazer eles sofrerem muito quando eu sair daqui, porque só estou aqui por culpa deles. No pouco tempo que tenho para tomar banho de sol, eu arquiteto um plano para fugir, olho bem para as grades, a altura dos muros, e nada que eu planejo parece dar certo, as detentas já quiseram causar confusão comigo, mas me faço de vitima e sempre elas quem são punidas. Estava mais uma vez no meu precioso e raro banho de sol, quando uma das guardas veio me chamar.

-Ei, você, vem comigo-me algemou e começou a me puxar
-O que eu fiz? só estava no meu banho de sol, nem isso posso mais?-perguntei indignada
-Você tem visita
-Visita?-a olhei espantada e a mulher não me disse mais nada

Ela me levou até uma sala, onde tinha dois guardas vigiando, e eu pensei ser o meu marido, aquele idiota finalmente apareceu, tomara que tenha trazido um advogado, para me tirar daqui, mas quando entro na sala, vejo aquela velha sentada me olhando com cara de choro, era só o que me faltava.

-O que você faz aqui, sua velha ridícula?-a perguntei antes mesmo de me sentar de frente para ela
-Eu precisava te ver minha filha-chorava me olhando-meu Deus, como você foi longe, porque veio parar aqui? isso me entristece tanto
-Sua velha maluca, veio aqui para rir da minha cara? estava muito melhor antes de receber você
-Não fala isso minha filha...
-EU NÃO SOU SUA FILHA-gritei a olhando e um dos guardas veio me segurar-me solta, que inferno
-Se você não se conter, a visita será encerrada-me avisou o segurança me soltando
-Kristine, você é a minha maior decepção...-a velha continuava chorando me olhando
-Que bom, porque eu realmente estou nenhum pouco preocupada
-Porque você age assim? me trata assim? eu sou sua mãe, me preocupo com você, aonde eu errei minha filha? me diz o que eu fiz de errado, para você ser assim-chorava me olhando
-A culpa de tudo é sua, você me deu a vida, agora aguenta as consequências sua velha, porque eu não vou mudar-disse me levantando, pois estava sem saco para aturar aquela velha
-Minha filha, fica aqui, me escute uma vez na vida...
-Se eu quisesse te escutar, eu teria feito isso a anos atrás, mas eu nunca escutei você nem ninguem, então some daqui sua velha, só leva um recadinho para a sua filhinha e a família feliz dela, que eu vou sair daqui e eles vão pagar caro por terem me colocado aqui
-Não fala isso minha filha, você está aqui para se redimir
-Me redimir?-ri irônica-você é mesmo muito inocente sua velha
-Kristine, só não esqueça que eu ainda sou a sua mãe, que eu amo você, e peço a Deus todos os dias para você mudar, para...
-Sua velha louca, me cansei de você, me faz um favor, me esquece, e não vem me amolar de novo, só não esquece de dar o recado para a sua filhinha
-Não fala assim minha filha...-a velha chorava
-Faz um favor para a sociedade, e morre logo, porque ninguem merece aturar gente velha, não sei nem como te deixaram entrar aqui-disse indo até o guarda-a visita acabou
-Kristine, filha...

A velha ficou me chamando e eu saí pois não tinha saco para a aturar, voltei para a minha cela, e para os meus planos de sair desse lugar e destruir a vida da família feliz, que parece comercial de margarina.

*Luan on.

Já estava agoniado com a demora de dona Célia e me desesperei, ao ver ela chegar sendo carregada por dois policiais.

-Sogrinha, o que aconteceu?-perguntei indo até ela que chorava toda mole, se sentando na cadeira que os policiais a colocaram
-A pressão dela caiu, melhor leva-la ao hospital-disse um dos policiais
-Claro que sim, só preciso que alguem me ajude a levar ela até o carro

Pedi ajuda já que o meu braço ainda não aguentava pegar muito peso, ajeitei minha sogra no banco de trás do carro e corri com ela para o hospital, logo os enfermeiros vieram a socorrer, e entraram com ela lá dentro, meu coração estava a mil, e um monte de coisas se passavam por minha cabeça, eu não devia ter aceitado essa ideia maluca de a levar até Cristina, eu sabia que isso iria acabar mal, e se algo acontecer com a minha sogra, eu vou levar a culpa pelo resto da vida.

-Como a senhora esta?-perguntei segurando a mão de minha sogra que estava gelada, após fazerem alguns exames nela e a medicarem
-Eu já não tenho mais jeito-ela deixava lágrimas cair-não importa como eu estou
-Claro que importa sogrinha, para de falar assim, a senhora precisa ficar boa logo pra gente voltar para casa
-Eu não vou mais voltar para a casa de vocês, só sirvo para os incomodar, sou uma velha inútil, só atrapalho vocês
-Claro que não dona Célia, a gente ama a senhora, para de falar essas bobeiras
-Eu já não sirvo para mais nada-ela chorava-os meus filhos já cresceram, a Kemilly tem você, os filhos de vocês, a Kamilly e o Kauã estão atrás do futuro deles, perdi o meu marido, meu companheiro, então não faz mais nenhum sentido eu continuar aqui, já cumpri a minha missão
-Dona Célia, eu não gosto de ver a senhora falando assim-disse me segurando para não chorar, pois realmente estava forte demais aquele momento
-Só me promete que vai cuidar bem da minha filha-pediu me olhando enquanto eu segurava sua mão-eu sei que ela esta feliz com você e bem cuidada-deixou lágrimas cair-não fui a melhor mãe para ela, muita coisa eu não a ensinei, não a livrei, não é atoa que Kristine se tornou a minha maior decepção...-chorava com pesar
-Se acalma sogrinha, para de falar isso
-Eu já estou indo meu genro-chorava segurando forte a minha mão-só cuida da minha filha, e diz para ela que mesmo não sendo a melhor mãe do mundo, eu a amo mais que tudo, e ela é o meu maior orgulho...-disse dona Célia fechando os olhos e eu desesperei
-Dona Célia, eu sei, sogrinha, por favor...-comecei a chorar vendo ela perder os sentidos, e a enfermeira que estava ali perto veio me acalmar
-Se acalme, ela tomou calmante, por isso apagou-disse me tranquilizando
-Menos mal-respirei aliviado segurando as mãos da minha sogra e a beijando

Eu ainda me culpava, e estava com um medo enorme de perder a minha sogra, o que fiz foi errado, e mesmo sabendo que a Kemilly vai me matar, brigar comigo, e toda a nossa felicidade vai para o ralo de novo, eu preciso a contar o que fiz, e que a mãe dela está no hospital, pois não quero carregar essa culpa, sem contar a verdade para a minha mulher, então resolvi a ligar.

*Kemilly on.

Meu dia começou corrido e agitado, Bento não parava quieto, estava muito esperto e quase me enlouquecendo, e me matando do coração com suas estripulias. Chegamos no apartamento de Paola, e ela já veio o pegando e o mimando, Bento fica todo aceso quando alguem que gosta dele e o deixa fazer bagunça o pega, o que é o caso da madrinha babona. Paola brincou com ele, enquanto eu ajeitava as coisas em cima da mesa pra gente conversar sobre o novo projeto que ela estava bolando, e queria a minha ajuda.

-Amiga, deixa ele no carrinho, e coloca galinha pintadinha, que ele fica quietinho pra gente conversar em paz
-Mas eu amo tanto esse gordinho-ela o apertava e ele ria-coisa linda da dinda
-Eu sei que o meu filho é lindo, e a coisa mais gostosa do mundo, mas se você ficar o dando atenção, hoje a gente não planeja nada Lola
-Ta vendo como a sua mãe é chata Bento, por isso quando quiser se divertir, pede para vir para a casa da dinda, que você fica á vontade meu amor-disse Paola o apertando mais um pouco e finalmente o colocando no carrinho, então Bento começou a fazer manha
-Filho, olha a galinha-liguei a galinha pintadinha na TV e ele se animou e bateu palminhas, era a coisa mais linda, e eu babava vendo ele assim
-Já esta até batendo palminhas, no aniversário de um aninho dele vai ser a coisa mais fofa-disse Lola tambem babando
-Vai sim, ele aprendeu com a Alice e a Maria, que fica dançando e batendo palma vendo a galinha junto com ele, o Bento esta na fase de ver o que a gente faz e querer fazer igual
-Cuidado com o que faz perto dele amiga, com o que fala tambem
-Nem me fale Lola, ele esta querendo imitar tudo, até estava tentando imitar o Luan a piscar esses dias
-Que coisinha linda, pisca para a dinda ver-disse Lola tentando chamar a atenção dele, e Bento nem ligou, pois prestava atenção na galinha
-Deixa ele vendo a galinha, porque só assim para ele ficar quieto, e vamos logo ver as coisas sobre o projeto
-Vamos, porque eu tive ótimas ideias-disse Paola toda animada

Passei a manha toda com Paola vendo sobre o novo projeto dela, que acabou virando nosso, eram ideias realmente incríveis. Bento assistiu a galinha quietinho, e só fez manha quando acabou, então o dei mama, tivemos que brincar com ele um pouquinho, até ele cansar e dormir, pra gente terminar o nosso projeto.

-Vou pedir japa pra gente almoçar, que tal?-disse Lola já discando os números
-Boa ideia, saudades de quando a gente almoçava um japa juntas
-Precisamos fazer isso mais vezes, você tem seu marido, seus filhos, mas não esquece da amiga, ok?
-Não esqueço não Lola, é que tanta coisa andou acontecendo, e só agora estamos tendo paz

Enquanto Paola fazia o pedido, eu fui ver se o meu filho ainda dormia, colocamos ele em cima da cama dela, cheio de travesseiros em volta, e eu tinha medo dele acordar assustado, e querer rolar na cama e cair, por isso sempre ia dar uma olhadinha se ele ainda dormia, e quando fui saindo do quarto após conferir o sono do meu bebê, ouço o meu celular tocando em cima da mesa, onde o deixei, e quando vi na tela era o meu marido, com certeza já estava preocupado e com saudades.

*Ligação*

-Oi amor-o atendi-já esta com saudades?
-Oi amor, estou sim-disse com uma voz um pouco estranha-mas não é por isso que eu liguei
-O que é então Luan, aconteceu alguma coisa?
-Antes de você se desesperar, saiba que agora esta tudo bem com a sua mãe, é que...
-O que aconteceu com a minha mãe?-perguntei me desesperando
-Ela passou um pouco mal, então a trouxe para o hospital e...
-Que hospital? já estou indo ai
-Amor, acho melhor você vir pra gente conversar, mas vem tranquila ta bom?
-Quer que eu vá tranquila como Luan? sabendo que a minha mãe esta no hospital
-Então vem logo, porque falar por telefone não da
-Não mesmo-disse desligando na cara dele

*Ligação*

-O que aconteceu Kemy?-Paola me perguntou assim que desliguei o celular
-Minha mãe esta no hospital-deixei lágrimas cair-quando eu acho que esta tudo indo bem, me acontece isso
-Calma amiga, ela vai ficar bem-Paola me abraçou-quer que eu te leve lá?-me perguntou
-Não precisa, o duro que o Bento esta dormindo, e eu não quero levar ele para o hospital e...
-Fica tranquila, que eu cuido dele
-Mas eu não quero incomodar, vou pedir para a minha sogra vir o buscar
-Tudo bem, eu fico com ele por enquanto, você vai de uber?
-É o jeito-enxuguei as lágrimas-só vou pegar a minha bolsa e dar um beijo no meu filho

Passei no quarto e dei um beijo em meu filho que dormia tranquilo, mandei mensagem para o uber que tenho confiança, e logo ele chegou, então segui direto para o hospital, precisava ver a minha mãe, ela já tem a idade avançada, é muito frágil, e eu tenho tanto medo de perde-la, logo agora que tudo esta indo tão bem, são coisas assim que me fazem pensar que não nasci para ser feliz e nem para ter paz.

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Olá amoreees, e agora em? será que Luan vai contar tudo pra Kemy mesmo? se ele contar, será que o casal vai brigar de novo ou ela vai entender? comenteeem, a fic está chegando no final, e cadê meus leitores? espero que estejam gostando, bjooos












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