Gravar aquele comercial ao lado de Kemy estava sendo incrível pra mim, eu demonstrava de verdade meus sentimentos por ela quando a olhava, nossos olhares estavam em uma conexão tão intensa, que parecia só existir nós dois ali, e que o mundo lá fora era desconhecido pra nós, mas ao ouvir a voz da diretora nos pedindo um beijo no final da cena, me fez acordar para o mundo real, meu coração parecia uma escola de samba, nossos lábios a cada segundo mais próximos, eu desejava tanto esse momento, que fechei os olhos e fui de encontro aos seus lábios, por mim eu aprofundaria mais aquele beijo, queria sentir melhor o seu sabor, queria ter o prazer de dar um beijo com sentimento uma vez na vida, mas logo ouvimos um "corta" e Kemy mais que depressa se desgrudou de mim e mal me olhou saindo de perto de mim. Eu ainda estava sorrindo feito bobo por sentir os resquícios de seu gosto em meus lábios, que nem percebi quando ela foi embora, logo eu tambem tive que ir, mas nem lembro se me despedi de alguem, já que estava flutuando nas nuvens, com a mente voltada apenas para Kemy e seu doce jeito de me fazer apaixonar. Cheguei em casa e fiquei um bom tempo deitado no meu sofá da sala, sorrindo feito bobo, me lembrando de cada segundo ao lado dela, e aquele desejo, aquela vontade de tê-la só aumentou depois de sentir por menos de um segundo, o gosto de seu beijo.
-Oiiii paizinho lindo-disse Nicole toda animada se jogando em cima de mim no sofá
-Oi filha-ri de seu jeito louco-agora saí de cima de mim, porque já foi o tempo que eu te aguentava no meu colo
-Nossa obrigada por me chamar de gorda-disse se levantando bicuda, e me sentei no sofá a puxando para sentar ao meu lado
-Coisa linda do papai-a abracei-não precisa fazer bico-apertei sua bochecha
-Não mesmo, você não merece-ela disse rindo-mas e ai já gravou o comercial?
-Sim-sorri me lembrando
-Deve ter ficado ótimo, afinal meu pai sempre arrasa em tudo o que faz
-Lógico, eu sou demais-sorri convencido
-Mas enfim-disse dando um sorrisinho malandro e eu sabia que ela iria pedir algo-pai a Pri me disse que vai ter show de uma dupla nova que o pai dela ta empresariando em uma boate, e que ta com saudades de mim, porque faz tempo que não saímos juntas, então ela me convidou pra ir, e como você é um pai lindo, maravilhoso e que ama a sua filha, você vai me deixar ir, não vai?-perguntou pidona
-Vou pensar se anda merecendo-disse fingindo fechar a cara e ela me olhou bicuda
-Mas pai faz tempo que eu não saio, poxa eu vim pedir pra você e...
-Eu deixo você ir-disse a dando um sorriso e ela sorriu largo
-Sério?-pulou do sofá animada
-Sim, mas não chega muito tarde, não enche a cara, vai com alguem responsável que dirige, não vai com roupa curta, não...
-Já entendi pai-disse revirando os olhos-sei seu sermão dos "não's" de cor, mas obrigada senhor Santana-me deu um beijo no rosto e saiu correndo rumo ao seu quarto
Comecei a rir desse jeito animado que ela tinha, ela era até meio doidinha, mas era minha filha, era parte de mim, e eu a amava mais que tudo, mesmo sabendo que ela já aprontou muito, ela merecia ir se divertir, ainda mais depois de se demonstrar mais responsável ultimamente, ela merecia que eu confiasse nela, mas só torcia para ela não quebrar essa confiança por um momento de bobeira. Nicole e eu passamos o resto do dia juntos, comemos besteira, assistimos um filme de comédia, e quando a ouvi dizer "chamei a Kemy pra ir", meu coração acelerou, será que ela iria? será que ali ela encontraria algum cara que a beijasse? eu não suportaria a ideia de que alguem tinha a chance de tocar aqueles lábios, que por questão de segundos foram meus, eu não queria que ela encontrasse em outra boca o encaixe perfeito para a sua, eu não queria que ela encontrasse em outra mão segurança ao segurar a sua, eu não queria que ela encontrasse em outros braços o lugar perfeito para ali se aconchegar, eu não queria que ela encontrasse em outro alguem o espaço para preencher seu coração, enquanto o meu está aqui vazio e só irá se completar com ela ao meu lado. Percebi Nick rir de suas conversas no celular, e um certo medo, um desconforto bateu em mim, será que ela e Kemy estariam combinando algo pra essa noite? e o pior de tudo que seria sem mim por perto, então movido pela curiosidade a questionei.
-Ta conversando com quem pra ta rindo tando?
-Com a Kemy, com alguns grupos-disse ainda vidrada no celular
-Então a Kemy aceitou ir com você pra balada?
-Não-disse rindo de algo no celular, e senti um imenso alivio por ouvir essa simples palavra
-Porque não? vocês vivem grudadas
-Ela ta cansada pai, e não é porque eu vou sair que ela é obrigada a ir comigo, a Kemy nunca aceita sair, apenas convido porque ela é minha amiga, mas ela prefere ficar trancada em casa estudando
-Então tem algo pra estudar e a senhorita vai sair?
-Mas não é pra amanhã pai-ela disse revirando os olhos-a Kemy estuda porque ela gosta, eu estudo quando preciso, sentiu a diferença?-disse rindo e se levantando do sofá-vou arrumar meu look pra hoje, porque a Pri disse que vamos mais cedo para recepcionar a dupla
Nick subiu animada para o seu quarto e eu estava totalmente aliviado, feliz em saber que minha menina iria estar em casa e não em uma balada cheia de homens onde ela poderia encontrar alguem para passar a noite ao seu lado, beijar, conversar, dançar, e... era melhor nem pensar no resto. Já que ela ficaria em casa, essa era minha chance, eu precisava a dizer tudo o que sentia, o que se passava dentro de mim, se ela não me correspondesse ok, pelo menos eu havia tentado. E com uma coragem fora do comum corri para o meu quarto, fui tomar um banho rápido, durante o banho ensaiava algumas coisas para a dizer, comecei a rir dos meus pensamentos, e do meu jeito bobo feito adolescente que vai pedir a menina que gosta em namoro, e porque não? talvez ela recebesse muita informação hoje, e seria cedo demais para a dizer isso, mas eu estava perdidamente apaixonado, perdidamente louco por ela, e só iria saber o que dizer quando estivesse frente a frente com ela, afinal estava disposto a abrir meu coração, e me arriscar, pois eu sentia que por ela valeria a pena.
-Nick?-bati na porta de seu quarto quando eu já estava arrumado
-Já vou-disse não demorando abrir a porta pra mim entrar em seu quarto, que estava com roupa espalhada pra todo lado
-Que furacão passou aqui?-ri vendo aquela bagunça
-O furacão do "não tenho uma roupa pra sair"-disse enrolada num roupão
-Meu Deus Nick, cê tem tanta roupa boa, umas com etiqueta ainda, umas que te dei e nunca usou
-Mas nenhuma fica legal em mim pai, e se eu gosto da roupa eu não acho um sapato pra combinar, e se gosto do sapato a roupa não combina, e...
-Já entendi-disse a interrompendo antes que continuasse a repetir seu drama-mas vim avisar que vou sair
-Vai aonde?-ela perguntou reparando em minha roupa-ta cheiroso demais-cheirou meu pescoço-tem alguma piriguete coroa interesseira na parada?-me olhou desconfiada e comecei a rir
-Não posso mais me arrumar e passar perfume pra sair?
-Não sei-disse dando de ombros-dependendo onde for, e quem for ver
-Deixa de ser ciumenta filhota, já disse que sou todinho seu-a puxei para um abraço e ela ainda me olhava desconfiada
-Mas vai aonde então?
-No estúdio-disse a primeira coisa que me veio em mente, afinal eu não iria a dizer que estava apaixonado pela amiga dela e iria em seu apartamento me declarar para ela
-Acho bom-sorriu de canto
-Vou mostrar umas composições pro Duduzera, e não vou demorar, tenho certeza que chego antes de você em casa
-Ta bom pai, então vai com Deus, e arrasa como sempre meu velho
-Pode deixar princesa-a dei um beijo na testa-vai com Deus tambem, e juízo
Me despedi de minha filha, e já que a falei que iria no Dudu, tinha mesmo umas composições feitas pela metade, então passaria ali e as deixaria para ele ir tendo alguma ideia de como finalizar, e depois seguiria direto para o apartamento de Kemy, onde o que eu fosse falar ou fazer seria segundo os comandos do meu coração. Acabei ficando um pouco no estúdio, Dudu me mostrava uma música da dupla Bruno e Marrone que havia acabado de ficar pronta, e já queria finalizar uma das letras que o mostrei, mas o avisei que passaria ali amanhã, já que minha mente não estava boa para produzir nada, apenas me fazia pensar em Kemy. Me enviaram por whatsapp uma foto minha de hoje no estúdio, então decidi a postar, para de certa forma eu não me sentir um mentiroso com Nicole.
@luansantana : produzindo... @duduborgesvip
-Oi-disse sem jeito ao me ver ali
-Oi Kemy-a respondi dando o meu melhor sorriso-será que posso...-apontei para dentro de seu apê e ela assentiu me dando passagem
-Entra, fica á vontade, só não repara na bagunça-disse começando a catar os livros espalhados pelo chão da sala
-Imagina, desculpa eu ter vindo atrapalhar seus estudos-disse um pouco constrangido, ainda não fazia ideia de como começar a lhe dizer o que sentia, sem a assustar
-Não, tudo bem-sorriu de canto colocando os livros sobre uma mesinha da sala-mas o que lhe trouxe aqui?-perguntou se sentando no sofá a minha frente me fazendo suspirar
-O meu carro-disse pra tentar parecer engraçado e ela riu
-Bobo, eu sei que veio de carro, mas veio a fim de que?
-Pra gente jantar-eu ainda não sabia o que a dizer então disse o que veio na mente
-Jantar?
-É-sorri de canto-a Nick me deixou sozinho em casa, e eu tava afim de comer um japa, mas sozinho não tem graça, então lembrei que você tambem adora comer, então o que acha?
-Pode ser, eu nem jantei ainda e estava sem ideia do que fazer
-Então vamos pedir um japa-peguei meu celular e já fui discando os números
Fiz o pedido pelo meu celular, e ela disse que qualquer coisa que eu pedisse estava bom, então pedi o que eu gostava, e disseram que não demorariam na entrega. Confesso que mal sabia o que conversar com Kemy, e ela parecia estar na mesma situação, não queria ela constrangida comigo, então comecei inventar assuntos, e contar piadas sem graça só para não ficarmos em silêncio e naquele clima estranho.
-Você inventa cada coisa Luan-ela ria da piada que eu havia acabado de contar
-Sei que sou um gênio-tambem comecei a rir e ouvimos a campainha tocar
-Acho que nosso japa chegou-disse indo animada até a porta receber nosso jantar e eu fui atrás para pagar, afinal eu que inventei de pedir aquilo
-Valeu cara, ta aqui o dinheiro, e fica com o troco-o paguei e vi Kemy me olhar sem graça, enquanto o moço me agradecia
-Não precisava ter pago tudo Luan-disse após o entregador ir embora
-Eu quem fiz o pedido, nada mais justo eu pagar
-Dessa vez passa-sorriu de canto-onde vamos comer?
-A casa é sua Kemy, qualquer lugar ta bom
-Vamos comer ali-apontou para a sacada e eu sorri satisfeito com sua sugestão
Ali havia uma mesinha branca e apenas duas cadeiras, parecia ser feita exatamente para aquele momento, ajeitamos a barca em cima da mesa e nos sentamos frente a frente.
-Só faltou um bom vinho para acompanhar-disse pegando meus hashis
-Tem suco de uva, serve?-disse rindo
-Pode ser-sorri concordando
Esperei Kemy voltar com nosso suco, e enquanto isso pensava mais um pouco no que a dizer, seria muito mais difícil do que pensei, eu tinha medo de a assustar, medo dela querer se afastar de mim, medo dela jogar na minha cara que eu era velho demais pra ela, eram tantos medos, tantas duvidas, mas meu medo maior era de um dia não poder mais vê-la, nem que seja como a amiga da minha filha.
-Nem sei se esse suco ta bom-disse colocando dois copos cheios de suco sobre a mesa-ta aberto a uns três dias, e como moro sozinha nem bebo
-Por mim ta ótimo-disse mesmo sem experimentar o suco-agora vamos comer
Enquanto comíamos, ficamos conversando, ela adorava conversar, e isso foi uma das primeiras coisas que me fez a admirar, sua maturidade nos assuntos, ela não era igual as adolescentes que eu conhecia, ela era muito mais mulher, porém com rostinho de menininha, e era impossível não a admirar, não estava mais aguentando toda essa aproximação, enquanto meu peito implorava pra mim perder o medo e começar a dizer que eu estava completamente apaixonado por ela.
-Nossa já se passou da meia noite, nem percebi o tempo passar-disse olhando as horas num grande relógio digital que fica no parque perto do prédio onde ela mora
-Pois é-ri pra disfarçar meu nervosismo
-Eu nunca tinha vindo nessa parte do apartamento á noite-disse se levantando e se escorando na sacada-da pra ver boa parte da cidade
-Da sim-me levantei e fiquei ao seu lado observando a vista dali
-Como essa cidade é grande, movimentada, barulhenta, cheia de luzes, olhando assim até que parece bonita, mas nada se compara com a beleza da minha cidadezinha-vi ela suspirar fundo olhando pra frente e por instinto a abracei
-Tambem sinto saudades de onde nasci, das cidades que cresci, sinto saudade da liberdade que eu tinha, da inocência, das brincadeiras que hoje em dia estão perdidas, e que nem minha filha chegou a conhecer-tambem suspirei me lembrando da onde saí
-Mas a vida segue, e a gente não sabe pra onde ela vai nos levar-disse deitando sua cabeça em meu peito e eu a abracei de forma mais aconchegante-eu nunca imaginei estar numa cidade dessas Luan, tinha muitos sonhos sim, mas apenas sonhava em estudar e dar um futuro para minha família, meus irmãos
-Você sente muito a falta deles não sente-perguntei a olhando e ela apenas assentiu-porque não trás eles pra cá?
-Eles não iam querer vir, meus pais são muito sistemáticos, e meu pai é muito doente pra ficar viajando, eu apenas queria meus irmãos aqui-disse deixando uma lágrima cair e eu a enxuguei-ontem quando vi os seus sobrinhos me deu uma saudade deles
-Eles tem quantos anos?
-Oito, minha mãe teve eles já numa idade avançada, e ainda mais por serem gêmeos a gravidez dela foi de risco, meu pai naquela época bebia muito, e como minha mãe não dava conta nem de trabalhar devido o repouso da gravidez, eu com apenas dez anos saia pelas ruas vendendo balas-disse deixando lágrimas escapar-eu sempre fui muito bobinha, nunca aprendi nada da vida, o que aprendia era na escola, mas como eu era a aluna mais esforçada e que sempre ganhava os elogios dos professores, ninguem gostava de mim, eu recebia os piores apelidos Luan-deixava mais lágrimas escorrer e eu apenas a abracei-o pior que desde pequena tive problemas de visão, meu primeiro óculos ganhei da diretora da escola porque eu era esforçada, mas não enxergava o que os professores passavam no quadro, e de presente ela me deu um óculos, foi a pior fase, onde fui totalmente excluída pelas crianças só por ter ganhado um simples óculos da diretora-chorava mais ainda-mas sabe, eu nunca demostrava que me importava, até que um dia a professora Sonia entrou na escola, e foi como um anjo na minha vida, ela conversava muito comigo, e sabia que eu trabalhava desde cedo pra sustentar minha casa, ela começou ajudar minha família com cestas básicas, roupas para meus irmãos pequenos, e nessa época meu pai ficou doente, muito doente, eu nunca entendi o porque ele foi um homem calado, que quando não brigava com minha mãe, bebia e vivia trancado, mas depois de sua doença ele apenas se calou-ela respirou fundo-então meu único sonho de infância foi esse, cuidar da minha família e os ajudar, e para isso eu precisava de uma profissão, sempre gostei de ler, de estudar, dona Sonia me incentivava muito, e graças a sua confiança em mim, aqui estou eu
Nunca tinha ouvido ela desabafar tanto assim, Kemy era muito reservada, fechada, não gostava de se abrir, eu sabia que era esforçada, mas nunca imaginei que desde criança ela já trabalhava, eu apenas queria cuidar dela, e realizar esse sonho, que a partir de agora se tornou meu sonho, ela era daquele tipo que era humilhada e sofria calada, talvez por isso ela seja tão madura, pois foi obrigada a crescer muito rápido. Apenas ficamos abraçados vendo a cidade, e enquanto isso eu pensava no que iria a dizer, ela estava frágil em meus braços, eu não queria me aproveitar disso, mas não poderia passar de hoje, eu iria me abrir com ela, assim como ela fez a minutos atrás comigo, mas eu iria me abrir para a declarar todo meu amor.
-Acho que você já derramou lágrimas demais-disse beijando sua testa e ela saiu de meu abraço me olhando com o rostinho inchado
-Tambem acho-respirou fundo e passei de leve minhas mãos por seu rosto
-Promete pra mim que não vai chorar mais?-a olhei nos olhos enquanto ainda acariciava seu rosto enxugando suas lágrimas
-Prometo-me olhava feito uma garotinha indefesa
-Kemy-respirei fundo mantendo nossos olhares, abaixei minhas mãos e segurei as suas-eu nem sei por onde começar a te dizer...
-O que?-perguntou me olhando confusa e eu precisava criar coragem
-Tem coisas que acontecem na vida da gente que é inevitável, que acontecem sem a gente nem se dar conta, eu...-não queria ser direto demais e a assustar, mas eu iria explodir se não falasse o que estava dentro do peito-Kemy, você é uma menina tão especial pra mim, te conheci de um jeito meio louco, mas aos poucos conforme fomos nos aproximando eu percebi o quanto você é batalhadora, merecedora de tudo o que tem conquistado, tambem é muito frágil, mas se faz de forte apenas para não deixar ninguem ver suas lágrimas, você consegue ser uma menininha cheia de sonhos, e ao mesmo tempo uma mulher madura o suficiente para lidar com a vida da forma mais dura que ela seja, eu confesso que admiro a mulher que você é, mesmo tão nova com uma mente tão evoluída, não é uma jovem fútil que só pensa em curtir a juventude e que se dane o resto, você é focada, tem seus objetivos traçados e os cumpre como pode, sei que não ta entendendo nada do que estou dizendo, na verdade nem eu-confessei rindo com o nervosismo tomando conta de mim, e segurei de forma mais firme em suas mãos-Kemy, eu não sei o que pensa de mim, talvez pra você eu seja apenas um homem velho, que é pai da sua amiga, e mesmo que pareça estranho essa nossa aproximação, eu sinto que lhe faço bem, assim como você me faz, quando eu te vejo meu dia se torna mais feliz, o seu sorriso, os seus olhos já se tornaram tudo pra mim, quando fecho os olhos é em você que penso, quando vou dormir é com você que sonho, e agora num momento como esse que estou frente a frente com você, eu apenas quero cuidar de você, te fazer feliz, te mostrar que não importa o que os outros impõe lá fora como o certo, porque não existem barreiras, distância ou idade para o amor, ele apenas chega, e toma conta da gente, e mesmo que eu queira disfarçar, estou completamente apaixonado por você-disse levando minha mão até seu rosto e ela parecia confusa tentando não me olhar, mas puxei seu rosto de leve e a fiz me encarar
-Kemy, me deixa te amar?-perguntei a fazendo carinho e ela apenas me olhava sem mostrar nenhuma reação
Levado pelo meu desejo, fui aproximando nossos rostos, ela ainda com os olhos fixados aos meus e sem dizer nada, colei nossas testas, e a sentia suspirar fundo tanto quanto eu, aos poucos levei meus lábios em direção aos seus, ela não demostrava nenhuma reação, então puxei delicadamente seu rosto para mais perto, quando senti que nossos lábios se tocaram, ela se desviou de mim, tentando tirar minhas mãos de seu rosto.
-Luan eu... não posso-disse abaixando a cabeça e senti meu coração se dilacerar
-Porque não?-perguntei quase que com a voz falha, precisava ao menos de uma resposta
-Eu e... você... não daríamos certo, eu... olha minha idade, sou... isso não é certo-ela dizia coisas desconexas e o que eu mais temia estava acontecendo
-Desculpa-respirei fundo-olha Kemy, eu realmente tô apaixonado por você, mas eu entendo seu receio, sou velho demais pra você, e não quero que isso atrapalhe sua amizade com a Nicole, então se achar melhor eu me afasto de você-disse com meu coração em pedaços e ela ainda evitava me olhar
-Melhor ir embora Luan, eu...
-Tudo bem
Apenas assenti a vendo se escorar na grade da sacada, peguei o meu resto de vontade de viver, e segui rumo a porta de seu apartamento para ir embora, realmente eu estava ficando louco, até parece que ela iria querer um homem feito eu, ela tem a vida toda pela frente, com certeza pensa em formar uma família com alguem jovem como ela, e eu só seria atraso para sua vida. Pela ultima vez olhei para trás, e a vi chorando na sacada, minha vontade era de ir ali, a abraçar, a dizer que eu estava com ela, mas isso não era verdade, nunca iria ser, agora só me restava juntar os caquinhos do meu peito e seguir em frente. Abri a porta de seu apartamento me sentindo o mais inútil dos homens, iria embora dali e deixaria metade de mim ali dentro, estava tão desnorteado, que quando fui fechar a porta já do lado de fora uma mão me impediu que eu a fechasse, e em questão de segundos meu coração que quase parava de bater, voltou a pulsar novamente.
-Luan-Kemy impediu que eu fechasse a porta e me puxou pela mão-me desculpa, eu... não sei o que dizer-ela deixava lágrimas cair-mas não vai embora, fica, eu preciso de você, eu... estou apaixonada por você
Ao ouvir isso, não pensei duas vezes, a encostei no batente da porta, e fiz o que meu coração me pedia desde o dia que descobri que a amo, a beijei.
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Oláaaa amores, eitaaa, e agora em? esses dois resolveram se declarar, comentem bastante, vou tentar postar o mais rápido possível, espero que estejam gostando da fic, bjoooos
Até q enfiiiuim se declararam 🙏🙏🙏 sei q vai ter muitos problemas a enfrentar mais ñ vejo a hora desses dois ficarem juntos de uma vez ❤❤❤❤
ResponderExcluirGenteeeeee arrasou, derrubou forninhos 👏🏼👏🏼👏🏼 Acho que tentaram abusar dela, tomara que eles consigam ultrapassar os obstáculos desse futuro relacionamento, o que será que a Paola tem contra ele ? Deve ter sido um mega amor platônico
ResponderExcluirQue capítulo foi esse???? Tô morrendo de amores com esse casal!! 😍😍😍
ResponderExcluirOMG lindo d+
ResponderExcluirAmeiiiiiiiiii
Pfv q a Nick apoie esse casal pq ja vai ter tanta gnt contra (Paola Cristina e etc...)
Nick apoiando ia ser tipo demais pq ela foi o canal pra eles c conbecerem poderia continuar sendo o canal pra reconciliação qndo brigarem dentre outras coisas.....
Posta maissssss
Ai que lindos❤😍 até que fim resolveram se declarar, já quero outro capítulo.
ResponderExcluirContinua!!
Aaaaaaaaa não tô sabendo lidar com as emoções desses capítulo 💜💜 voltaaa logo quero mais 😚😚
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